Oração é = ou # de penitência?

Quando me lembro de oração, sempre penso nos grandes heróis da Bíblia, que dobraram reinos porque viviam de joelhos nos pés do Senhor. Todavia, sempre penso no porquê, às vezes, tenho dificuldades de colocar em prática algo que estou [quase] careca de saber na teoria: devo orar.

Outro dia estava meditando em um possível motivo dessa aparente aversão por algo que eu deveria ter devoção: a oração, e cheguei a uma conclusão, no mínimo, curiosa. Analise comigo e veja se eu não estou delirando.

Quando era adolescente, e estudava em colégio de confissão religiosa, cheguei a ir algumas poucas vezes, aos pés do padre me confessar. Eram dias de alguma angústia e pouco sossego, mas, após dizer algumas palavras, mais ou menos selecionadas no repertório do que não faria tanto escândalo, isso em minha imatura concepção de jovem, saía com aquela velha receita batida de uma dúzia (às vezes 1/2 =o) de aves-maria entremeadas com alguns pais-nosso.

Eram minutos que se passavam rápida e sofregamente, quase como se eu estivesse correndo como um desvairado para chegar a um lugar que nem sabia ao certo onde era, nem o que iria encontrar lá quando chegasse…

Aqui é que entra a reflexão: será que nós, de certa forma oriundos do catolicismo nominal como eu, encaramos a oração como uma penitência, uma carga, um estorvo?

Será por isso que alguns têm tanta dificuldade de se dedicar a uma vida de oração que sabem que devem ter, mas não sabem como obter?

Muitas vezes me pego pensando em como algumas pessoas oram com uma facilidade como se estivessem respirando… que inveja! Como eles conseguem isso? Não é falta de fé não, pois a fé vem com a leitura da Palavra. Talvez seja mais falta de costume do que propriamente falta de outra coisa.
Eu gostaria imensamente de possuir uma informação mais relevante para trazer aos leitores, mas, devo admitir, que aprender a orar só se aprende orando e investindo tempo nessa atividade. Talvez meu defeito de aprendizagem esteja justamente em dedicar pouco tempo em orar. Se eu fosse apenas um caso isolado, isso não seria preocupante, mas desconfio de deixei de ser estudo de caso para me tornar estatística: sou apenas mais um…

E isso não outra coisa senão uma tragédia para a igreja: como justificar a [falta de] atitude de uma igreja que afirma crer num Deus que ouve ao orações de seus filhos, mas não leva a oração a sério?

Que desculpa vou tirar de meu baú roto para minhas falhas esfarrapadas? Que desculpa eu daria ao Rei por estar tão pouco em sua Presença, se é lá que conquisto meus projetos e deposito meus anseios?

E você, caro leitor: é uma pessoa de oração? Qual é o seu segredo? Quero ouvir sua opinião.

Não é de oração? Desculpe, mas de desculpas para não orar eu já estou, literalmente, cheio…

Mas, quero mudar, e mudarei. Vocês notarão a diferença.

Tentando fazer diferença no mundo...

Sabe, hoje, em uma reunião de oração, ouvi de uma senhora pequena, ajoelhada e do alto de seus cabelos brancos, uma frase que me marcou: “Senhor, Tu não mudas, porque em Ti não sombra de variação. Quem muda somos nós, e é nossa responsabilidade fazer a diferença“.

Sábias palavras. Eu não diria melhor, nem faria melhor também. Desejo apenas fazer igual para conseguir fazer diferença, por que, se eu não fizer diferença, o mundo vai continuar igual ao que é, e não foi para isso que Deus me chamou.

 

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Wallace

Just another little servant of the Lord Jesus Christ. Apenas mais um pequeno servo do Senhor Jesus Cristo. Editor do blog Desafiando Limites (https://wallysou.com). Crítico do cristianismo evangélico da prosperidade e pensador cristão amador.

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Blog Comments

[…] meu outro post, sobre a oração, recebi o interessante comentário de um colega que dizia que, antes, ele só sabia orar pedindo, e […]

[…] meu outro post, sobre a oração, recebi o interessante comentário de um colega que dizia que, antes, ele só sabia orar pedindo, e […]

Wally,
É bom que você tenha tocado nesse ponto. Eu também tenho sérias dificuldades em orar. No meu caso, já fiz um diagnóstico: não tenho muita coisa para pedir a Deus e, como costumava orar apenas pedindo, pedindo, pedindo… deixei de orar. Hoje, compreendo que orar não é pedir, mas falar. Sim, compreendo… mas a prática está distante da compreensão. Acho que precisamos nos ajudar mutuamente para vencer essa barreira que nos impomos. Let's pray!
Abraços.
Claudio

sabe q vc abordou um aspecto interessante? essa coisa de pedir, pedir, pedir, pcpmente coisas materiais, está matando o desejo de orar da igreja…

esse seu comentário vai valer um artigo: oração é só pedir? (ou algo semelhante).

obg pelo comentário.

abs,

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