Contra a ganância nos púlpitos

Recebi mais uma mensagem relevante do Grupo [regional], com uma contundente defesa do verdadeiro

Lobos em pele de ovelha, não se deixe enganar por eles!

evangelho, além de uma incisiva acusação contra as práticas atuais de se utilizar da igreja como meio de enriquecimento ilícito.

Não há muito o que comentar, a não ser disponibilizar aqui a mensagem tal como recebi, apenas acrescentando uma ilustração, para facilitar o entendimento do que se quer dizer, e orar para que a igreja do Senhor se se volte ao Dono da obra e se converta desse mau caminho de seguir mercenários que nada têm de Cristo, e que querem tão somente extorquir e tosquiar as ovelhas em causa própria, em detrimento do rebanho e do Reino.

É triste constatar isso, mas, infelizmente, é a verdade: precisamos voltar aos princípios basilares e fundamentais do evangelho da salvação e da mensagem da redenção, lembrando que estamos mais próximos da volta do Senhor do que quando cremos.

Confira.

O mal da ganância não é novidade. Desde a oficialização da religião cristã em Roma no século IV, líderes cristãos buscaram o prestígio, a pompa e a riqueza sob protesto de alguns fiéis que detectavam o distanciamento da igreja para com o Evangelho. Vale notar que a exacerbação deste mal veio acompanhada do misticismo, da magia, da tradição (práticas carnais comunicáveis ao povo embora fossem estranhas à Bíblia) e do fortalecimento da igreja como instituição humana em detrimento do poder divino.

É impressionante a continuidade histórica entre este período remoto e os movimentos neopentecostais em sua maioria.

Evangelho não é barganha, evangelho é GRAÇA!

Contrastando com o vício da usura, trago a advertência de Paulo aos pastores de Éfeso em Atos 20: 17 – 38. Destaco o final da parênese nos versos 33 a 35 que diz:

“De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem vestes; vós mesmos sabeis

que estas mãos serviram para o que me era necessária a mim e aos que estavam comigo. Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: ‘Mais bem-aventurado é dar que receber’.”

A exortação é firme confirmada pelo próprio testemunho do Apóstolo que, no meu entender, pode ser definida nos seguintes pontos:

1. Utilizar o ministério para enriquecer é imoral.

Este ponto é mais que conhecido entre nós quando Deus nos impede de utilizar seus dons para a busca da riqueza como um fim em si mesmo. Pastorado não é profissão, é um dom dado por Cristo para a edificação da Igreja. Embora o Estado classifique o sacerdócio ou o ministério de culto como meio de vida, sabemos que no Evangelho não é assim. Claro que “devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino” (1 Tm 5: 17), mas isto é para que possam gozar de tempo para a dedicação exclusiva ao ministério;

2. Viver do ministério é um direito, mas não um dever.

Conheço crentes que torcem o rosto quando se fala em pastores que trabalham secularmente. Eu não vejo desta forma, pois Paulo mesmo trabalhou para obter sustento para si e para os que com ele estavam. Não é pecado um pastor trabalhar, creio até que, hoje em dia, seja um bom testemunho alguém exercer uma profissão além do ministério. É óbvio que há limites para isso, pois seria complicado alguém ser pastor e comissário de bordo internacional ao mesmo tempo. Nada pode obstruir o ministério e o tempo que lhe é devido, aliás, este princípio não deve ser apenas ao pastor, mas a todo crente inserido no Corpo de Cristo. Todavia, um trabalho que seja visto como extensão do ministério é sempre bem-vindo e, ao mesmo tempo, protege contra os ataques daqueles que generalizam a ganância pastoral. O pastor possui o direito bíblico de viver integralmente do seu ministério, mas isso não é uma obrigação;

3. Melhor que lucrar é doar os bens por amor ao ministério.

É desta forma que Lucas encerra o discurso de Paulo. Sua visão não era obter com o ministério, mas doar-se incondicionalmente ao Reino de Deus. Antes de pensar em lucrar, o líder deve avaliar a oportunidade em socorrer os necessitados com o dinheiro adquirido (veja que o contexto mostra o trabalho secular de Paulo). Alguns exemplos seriam: o trabalho missionário, os crentes necessitados, os colegas carentes, as igrejas humildes etc.

Quão distante está a realidades de alguns líderes milionários (em dólares) e o princípio de Paulo. É um vexame perceber a infâmia daqueles que desglorificam o bom nome da igreja e dos que são reconhecidos como evangélicos.

Resta-nos o consolo do julgamento divino sobre os que maculam o evangelho ao longo da história. Com certeza esses tais ouvirão do reto Juiz: “Ai dos pastores (…) que se apascentam a si mesmos!” (Ez 34: 2).

Fonte: Portal Creio

Por: Por: Pr. Alfredo F. de Souza

Sm 46:10 Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra.

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Wallace

Just another little servant of the Lord Jesus Christ. Apenas mais um pequeno servo do Senhor Jesus Cristo. Editor do blog Desafiando Limites (https://wallysou.com). Crítico do cristianismo evangélico da prosperidade e pensador cristão amador.

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Blog Comments

Realmente bem pouco à comentar!

Para essa atual calamidade em que certos líderes religosos estão mergulhando o evangelho de Cristo.
Aos fiéis desse caminho
Tenho apenas que lembrar um alerta que Jesus enviou à João na Ilha de Patmos:
Apoc.
Verso 3:
"… e os mercadores da terra se enriqueceram com abundância de suas delícias."

Verso 4:
"… Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas"

è nossa missão alertar e buscar essas almas que estão sendo enganadas por esses trapaceiros.

Um abraço em Cristo

Cristo voltando à terra, precisará de, no mínimo, uma fábrica de chicotes para poder expulsar o sem número de vendilhões do Templo. O mal. os malefícios da humanidade, são atribuidos ao demo. Êsse, sem dúvida, foi superado por aqueles que travestidos de homens de Deus, O traem permanentemente, pregam Sua palavra e agem de forma incoerente, chantageando os crédulos, explorando a fé inata dos humildes. Se acreditassem, minimamente, na vida sobrenatural, após a morte, nos textos contidos na Biblia, na palavra, agiriam de forma compatível. Mario Tolla

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