A difícil e crucial escolha entre ser e ter

falta de consciência e sensatez

Minha viagem de férias a Foz do Iguaçu me rendeu várias coisas (leia mais aqui e aqui) que prefiro considerar como lições para me fazerem uma pessoa melhor. Naquela manhã fatídica de sábado, que você entende melhor lendo o post “Quando orar é a única…” (primeiro aqui do leia mais), descobri algo que me fez refletir, enquanto voltava para o Brasil, atravessando a Ponte da Amizade.

Quem está no Paraguai, lado de lá da ponte, caminha em um local específico para pedestres, do qual se pode ver o rio  Paraná correndo mansamente, quase 80 metros abaixo. Existe apenas, do lado paraguaio, uma murada de aproximadamente um metro de altura, incapaz de evitar que alguém cometa a loucura de pular lá de cima.

Mas, ao se aproximar do lado brasileiro, percebe-se o início de um feio e intrincado sistema de “vedação” da margem, formado por placas e telas de metal cujo único objetivo é [tentar] impedir que se lancem objetos de cima da ponte para serem resgatados por quem estiver por lá, os esperando.

Foi justamente observando essa “arrumação” (um nome mais bonitinho para gambiarra =o) que Deus começou a me fazer refletir sobre algo que é corriqueiro hoje: ama-se as coisas e usa-se as pessoas, quando o contrário deveria ser a regra, e que é o correto. Naqueles metros finais da ponte, o que se via claramente era a valorização das COISAS em detrimento das PESSOAS, ou seja, a rede de proteção estava lá não para evitar que alguém caísse e se estatelasse, mas que alguma coisa fosse jogada para baixo.

Enquanto caminhava com minha câmera digital nova e potente nas mãos, mas sem a esposa ao lado, que ainda estava perdida no lado de lá, pus-me a pensar se fosse o contrário: se ela estivesse de mãos dadas comigo, mas sem câmera, como eu estaria me sentindo? Então, encabulado, percebi que eu estava sendo alguém que tinha invertido as prioridades, também. Se eu já estava preocupado com o sumiço de minha Costela, agora estava triste pela revelação de mais uma mazela em meu coração.

Jamais imaginava que os últimos metros antes de chegar a pisar novamente em solo pátrio me trariam tanta exortação. Não são apenas as pedras que clamam ultimamente aos ouvidos moucos: também estão clamando pontes, rios e telas de ferro retorcido e enferrujado.

A fase de usar pessoas como objetos está a todo vapor, basta você ver o sucesso que as mulheres-frutas (morango, melancia, pêra, etc) fazem. Essas mulheres-coisa são o maior exemplo dessa geração que valoriza as coisas e despreza as pessoas. Pesquisando sobre o tema na net, cheguei a uma matéria que me deixou perplexo, mas que me trouxe mais convicção para escrever este post.

Cérebro masculino vê mulher de biquíni como objeto, aponta estudo

Talvez seja esse o efeito que explica sucesso que dançarinas mascaradas –como as personagens Tiazinha e Feiticeira– costumam ter na televisão brasileira. (apenas uma parte do texto)

Postou wally, no Desafiando Limites.

 

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Wallace

Just another little servant of the Lord Jesus Christ. Apenas mais um pequeno servo do Senhor Jesus Cristo. Editor do blog Desafiando Limites (https://wallysou.com). Crítico do cristianismo evangélico da prosperidade e pensador cristão amador.

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