Os custos sociais da pornografia

pornography

Este é o segundo artigo traduzido colaborativamente por meio da plataforma Duolingo e que versa sobre este tema tão importante. O primeiro artigo foi

Pornografia – A Droga do Século XXI

Se você ainda não leu o primeiro, é altamente recomendado que o leia para entender ainda melhor o que está sendo descrito aqui neste segundo artigo escolhido entre os vários disponíveis no site The Public Discourse.

Segue abaixo a tradução.

Os custos sociais da pornografia

Em dezembro de 2008, um conjunto diversificado de estudiosos, médicos e jornalistas reuniram-se em Princeton, New Jersey, para iniciar um inquérito inicial sobre o custo social do consumo de pornografia em homens, mulheres e crianças.

Os estudiosos participantes vieram de uma grande variedade de contextos disciplinares. Psiquiatras, estudiosos da lei, doutores, e economistas reuniram uma rigorosa análise das dimensões neurológicas, psicológicas, econômicas, sociais, políticas, legais e filosóficas do uso da pornografia.

O resultado foi divulgado em 16 de março de 2010, quando o Instituto Witherspoon apresentou Os Custos Sociais da Pornografia: Uma Declaração de Constatações e Recomendações.  Três observações importantes sobre o documento merecem ser feitas.

Primeiro, ele apresenta consenso profissional e especializado sobre as ramificações da pornografia na internet, um consenso ímpar diante de tantas opiniões recebidas sobre a questão.

Segundo, algumas implicações das evidências empíricas apresentadas no documento vão causar controvérsia, em parte por conta da prevalência de uma sensibilidade libertária no que diz respeito ao consumo de pornografia.

Finalmente, muito mais pesquisa precisa ser feita, dada a relativamente recente ascensão da pornografia na Internet e o desafio de obter dados confiáveis ??tanto de produtores como de consumidores de pornografia na internet.

Subjacente à grande parte da opinião pública sobre a pornografia está uma compreensão do consumo de pornografia como entretenimento inofensivo, expressão sexual benigna ou ajuda marital.

No entanto, este ponto de vista é complicado pela onipresença de material pornográfico cada vez mais imediato, realista e visceral, e o crescente corpo de evidências empíricas comprovando os malefícios que a pornografia cria para aqueles que a produzem e consomem, bem como para aqueles que vivem e trabalham nas mesmas famílias, empresas e comunidades como usuários de pornografia.

Dentro dessas duas observações existem especificas afirmações importantes, algumas das quais podem ser encontradas aqui e todas as quais são plenamente documentadas em Uma Declaração de Constatações e Recomendações.

Com a chegada da era da internet, pessoas de todas as idades, gêneros e classes sociais tem agora acesso quase ilimitado ao conteúdo pornográfico adaptado para todos os gostos e fantasias.

A acessibilidade imediata do material é reforçada pelo desenvolvimento aparentemente interminável de mídias digitais mais vivas, mais realistas e uma indústria que é responsável por quase um quinto de todos os aluguéis de filmes nos Estados Unidos.

Em meio a esses avanços técnicos, as comunidades terapêuticas e médicas relatam uma crescente presença de (e interesse por) pornografia “hard-core”.   Se, como alguns sugerem, nós estamos no limiar de uma nova revolução de mídia 3D, experiências pornográficas ainda mais dramáticas podem em breve estar disponíveis.

A onipresença da pornografia na era da internet é acompanhada pelo crescente corpo de evidências indicando que nenhum gênero sexual ou faixa etária permanece incólume.

Grande parte do prejuízo social associado ao consumo de pornografia parece brotar de sua natureza psicológica como um intenso comportamento de aprendizagem e experiência permissiva dentro do contexto de ensino altamente eficaz da excitação sexual, onde as ações são demonstradas, repetidas, incentivadas e/ou proscritas através de imagens ricas em informação.

A neurociência do consumo de pornografia é embasada em estudos empíricos.  Alguns estudos mostram que o uso da pornografia solapa as relações íntimas matrimoniais bem como outras de seus usuários, pode tornar os homens sexualmente impotentes com um parceiro real, e para alguns pode levar a crescentes atrações por imagens e comportamentos de natureza “radical”.

As mulheres não só enfrentam novas expectativas de comportamento sexual, eles também são confrontadas com maiores chances de divórcio, infidelidade e casamentos infelizes.  Crianças, adolescentes do sexo masculino em particular, são mais inclinados à violência, agressão e coerção sexual de colegas, e mais suscetíveis à coerção sexual por colegas e adultos.

As meninas adolescentes são mais propensas a tolerar o abuso emocional, físico e sexual.   Por fim, porquanto ainda haja muita pesquisa a ser feita nesta área, parece que a pornografia continua a ser um fator no tráfico de seres humanos para fins de exploração sexual.

Em resumo, a pornografia tem custos sociais para estes envolvidos no nível primário (consumidores e produtores, sejam eles homens, mulheres ou crianças) e no nível secundário (normalmente mulheres e crianças). Esses resultados, mais plenamente exploradas em uma Declaração de Conclusões e Recomendações e sua pesquisa associada, são profundamente preocupantes.

O grupo diversificado de estudiosos que assinou o documento concorda que uma mudança na expectativa do público e informações sobre os custos sociais do consumo de pornografia – modeladas, em parte, na bem-sucedida campanha contra o tabaco das últimas cinco décadas – é necessária.

Embora nem todos eles concordem com todas as recomendações no documento, eles oferecem várias propostas para ajudar a demonstrar qual tipo de abordagem é necessária.   Algumas das recomendações do documento incluem:

  • uma maior consciência por parte da comunidade terapêutica para os malefícios do consumo de pornografia, bem como aprofundar a investigação nessa área;
  • maior atenção por parte dos profissionais da educação a este corpo de pesquisa e os perigos e desafios que enfrentam os adolescentes mais velhos;
  • um aumento do interesse por parte dos jornalistas das consequências da onipresença da pornografia e um compromisso rigoroso do jornalismo investigativo sobre a indústria da pornografia;
  • uma rigorosa resposta da indústria privada do uso de pornografia no local de trabalho e uma conscientização dos funcionários sobre os problemas da pornografia;
  • uma “desglamourização” do uso da pornografia e material como parte da cultura popular e celebridades;

e, finalmente, um compromisso vigoroso desta questão por parte dos governos locais e federais, incluindo:

  • legislação para tornar pornografia não mais legal em servidores-padrão utilizados por pessoas comuns em relação àquela que é enviada via correio (consulte o original, este trecho não ficou bem traduzido);
  • uso do púlpito para uma campanha pública para mostrar que a pornografia, mesmo quando ele não satisfaz a definição restrita, legal de “obsceno” – não é necessariamente “livre expressão” como protegida pela Primeira Emenda1;
  • rotulagem de todo o material “adulto” (impresso e digital) com um alerta sobre o potencial viciante da pornografia e o consequente dano psicológico possível para o consumidor;
  • a requalificação e implantação da unidade do Departamento de Justiça dedicada à acusação de obscenidade para abordar o fenômeno específico e multifacetado de pornografia na Internet;
  • e a criação de um novo, privado (civil, e não penal) direito de ação, chamado de “exposição negligente de um menor ou um adulto relutante a materiais obscenos.”

Os Custos Sociais da Pornografia: Uma Declaração de Conclusões e Recomendações foi escrito com o entendimento de que a sociedade estará melhor se os fatos sobre o uso da pornografia e as suas consequências forem amplamente e efetivamente divulgados para que as pessoas de todas as esferas da vida possam se dar conta deles.

Dado o interesse da indústria pornográfica no desenvolvimento de novos e mais vívidos avanços tecnológicos na mídia, é mais importante do que nunca que famílias, pastores, médicos terapêuticos, profissionais de educação, líderes empresariais e funcionários públicos se tornem mais conscientes das consequências sociais devastadoras da onipresença da pornografia na era da internet.

Há alguns sinais de que um progresso está ocorrendo.

As profissões psiquiátricas e terapêuticas têm recentemente começado a fazer algumas observações acerca dos custos de consumir pornografia no comportamento de um indivíduo.

A Associação Americana de Psiquiatria em sua recentemente liberada proposta de revisão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) pela primeira vez incluiu referências específicas à pornografia como um possível fator nos “Transtornos Hipersexuais.”

Caso essa revisão permaneça no manual final, será um primeiro e importante passo para permitir que os indivíduos e as famílias procurem tratamento específico e cobertura de seguro saúde para os comportamentos resultantes ou diretamente associados ao consumo de pornografia.

Eu os encorajo a considerar as conclusões e recomendações constantes do documento completo, disponível on-line juntamente com apresentações de vídeo da consulta e os rascunhos dos documentos da pesquisa.

P. Langdale Hough é o diretor assistente do Instituto Witherspoon.

Fonte: The Social Costs of Pornography

1Primeira Emenda dos EUA.

 

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Wallace

Just another little servant of the Lord Jesus Christ. Apenas mais um pequeno servo do Senhor Jesus Cristo. Editor do blog Desafiando Limites (https://wallysou.com). Crítico do cristianismo evangélico da prosperidade e pensador cristão amador.

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