A grande farsa do discurso moderno de tolerância
Por Antonio Cabrera
“…e não peques mais.” – Jo 8:
Antes de responder se você é tolerante, deixe-me lembrar que há mais de 100 anos o pensador cristão G.K. Chesterton escreveu que “a tolerância é a virtude do homem sem convicções.” Talvez por isto tem sido frequente assistirmos os cristãos serem taxados de “intolerantes”.
Basta você fazer a defesa de qualquer valor do cristianismo e um “vomitaço” será despejado em sua cabeça pelas redes sociais.
O problema é que a sociedade moderna mudou o significado da palavra tolerância, pois se antes era “a aceitação da existência de perspectivas diferentes”, agora é “aceitação das perspectivas diferentes.”
Se antes a tolerância era aceitar a convivência com ideias erradas, infelizmente hoje é aceitar todas as ideias como certas.
Mudamos desavergonhadamente da permissão da articulação de crenças e argumentos dos quais discordamos para afirmação de que todas as crenças são validas.
Ao cristão moderno tem sido imposto que em vez de aceitar a liberdade de expressão de opiniões contrárias, ele deve aceitar todas essas opiniões.
Ou pior, tem que tomar cuidado para que a sua crença não ofenda aqueles que não compartilham da sua fé.
Este é o caso de Stephen Curry.
Quem?
Se você não o conhece, antes de continuar este texto, delicie-se com este vídeo:
Stephen Curry é um armador do Golden State Warriors que tem encantado o mundo com os seus arremessos de 3 pontos e foi eleito o melhor jogador da NBA, a liga de basquete dos EUA em 2014.
Mas o problema é que Curry não tem medo de falar sobre sua fé em Jesus. “As pessoas devem saber quem eu represento e por que eu sou quem sou. É por causa do meu Senhor e Salvador”, afirmou ele em seu discurso na premiação do ano passado.
Sabe o que aconteceu?
A NBA pediu que ele parasse de “falar sobre religião”, mas ele não parece disposto a isso. Afinal, quem é intolerante nesta história? A resposta clara é que esta “nova” tolerância representa uma forma peculiar de intolerância.
Mas Curry não se intimidou e continuou demonstrando a sua fé de várias maneiras. No pulso direito o jogador tem uma tatuagem em hebraico de I Coríntios 13.8 (O amor jamais acaba).
Patrocinado pela marca Under Armour, ele lançou um tênis batizado Curry One.
Uma curiosidade é que a língua do calçado traz a inscrição “4:13”. No lançamento, quando foi perguntado o que significava, explicou que era uma referência a Filipenses 4.13:
“Posso todas as coisas naquele que me fortalece”.
O resultado?
O atleta foi reeleito por unanimidade – algo inédito – por 131 jornalistas na premiação que se chama MVP (most valuable player ou jogador mais valioso). Aos 28 anos, o jogador recebeu todos os 131 votos de jornalistas, tornando-se o primeiro atleta a ganhar o prêmio de forma unânime. Foram 1.310 pontos dos 1.310 possíveis.
Para efeitos de comparação da grandeza do feito, atletas consagrados como Magic Johnson, Larry Bird e Michael Jordan não conseguiram isso.
Quando li a notícia esta semana entendi que este notável e dedicado cristão compreendeu com clareza que a grande mentira de hoje é que amar alguém significa que você deve concordar com tudo o que eles acreditam ou fazem.
Você não tem que comprometer ou abrir das suas convicções para ser alguém compassivo.
Posso afirmar sem medo de errar que a Bíblia não nos chama para ser tolerante com os nossos vizinhos. Chama-nos a amá-los.
Sim, tenho que amar todos, até aqueles que não são da minha crença, pois a parábola do Bom Samaritano (Lc 10: 25-37) nos ensina que os judeus tinham que amar os diferentes. O samaritano pertencia a um grupo de pessoas que os judeus tinham odiado por 500 anos.
Um nítido exemplo é o da mulher adúltera (Jo 8: 1-11): Jesus amava a mulher e teve compaixão por ela, mas Ele não aceitou o seu pecado: “não peques mais”.
O amor demonstrado por Jesus está em contraste com a “nova tolerância”. Esta tolerância imposta pela sociedade procura ser inofensiva, mas o verdadeiro amor cristão assume riscos de dizer a verdade.
Tolerância não custa nada; amor custa tudo.
Stephen Curry não mudou em nada. Esta semana, quando entrou em uma quadra de basquete, bateu no peito com o punho e, em seguida, apontou para cima como sempre faz. Isso simboliza que seu “coração está em Deus”.
Para ele, é “como um lembrete para quem eu estou jogando”.
E você?
Para quem você está jogando ou vivendo?
Texto enviado por email pelo autor. E você, o que acha disso? Essa tolerância é mesmo uma máscara para tentar nos barrar de ser e viver o evangelho em sua essência e completude? Deixe sua opinião a respeito.
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Blog Comments
Marilza
24 de maio de 2016 at 11:24
Bom para refletir mesmo… ser tolerante é entender que existe o diferente, e não ter que concordar/aceitar com ele ou com a suas atitudes. Hoje em dia parece que vivemos em uma guerra social. A palavra de Deus, ou simplesmente o fato de mencionar Deus em qualquer conversa, já vira alvo de criticas, chacotas, piadas. Estamos vivendo um tempo em que o certo (dentro das escrituras) tem que ficar de boca fechada e o errado (que não condiz com o que está escrito nas escrituras) ser exaltado…. :(
wallysou
25 de maio de 2016 at 10:34
é verdade Marilza! infelizmente hoje estamos vivendo a cultura da intolerância travestida de tolerância, e que quer cercear nosso direito à livre expressão.
abs, e obg por comentar.