Testemunho – Mudança de vida parte 2

Continuação do post anterior…

Antes de ter uma experiência real com Deus, achava até engraçado ouvir os crentes falarem do Senhor, como alguém  com o qual pudéssemos falar e obter respostas. Para mim era estranho esta interferência de Deus em nossas vidas, sinceramente eu achava tudo muito fantasioso, meio loucura, fanatismo mesmo. Mas, como está escrito na palavra de Deus: “Filho do Homem, põe-te em pé e eu falarei contigo”.

Desde muito cedo, na minha vida eu gosto de falar, mas nunca quis ser crente, pois era escrava de um mundo cheio de ofertas tentadoras e, porque não admitir, de coisas prazerosas. Vivi uma vida cheia de aventuras, sem medo do desconhecido, com toda a inconsequência e irreverencia próprias de quem não  temia a nada, nem a Deus.

Com o passar do tempo comecei a  viver um eterno conflito, uma aflição crescente na alma que me levava a irracionalidade, pois no meu íntimo eu não tinha um prazer real na vida. Não era feliz. Muitas dores e amarguras foram preenchendo os meu dias, e comecei a beber, para sentir a falsa ilusão de felicidade.

Só que com isto a minha vida começou a tomar um caminho que não teria volta se eu prosseguisse por ele.

Aí então comecei a procurar saídas em todo lugar, que eu achava que fosse me levar  a um caminho que me libertasse, daquela aflição e dor, e daquele vazio imenso que invadia minha alma.

Em quase todas as seitas e religiões eu estive: Umbanda… Mas a minha fé não se firmava em nenhuma. Meu ser não aceitava.

Nos momentos de maior desespero, muitas vezes embriagada, procurava uma igreja de crente, ou algum crente que visse na rua com uma Bíblia na mão.

O meu interior clamava por Jesus embora eu não soubesse.

Mas, Deus seja louvado, pois o meu Senhor sabia. E sem que eu percebesse, este Deus maravilhoso já tinha traçado pra mim o verdadeiro caminho, o caminho para minha salvação.

Foi quando começou pra mim o que chamo de “O Milagre do amor“.

Era uma tarde de inicio de setembro de 1992, um sábado.  Nesta época eu trabalhava no Banco Econômico, e tinha recebido dinheiro no dia anterior. Ao chegar em casa, depois de uma noite na farra, acordei pela manhã e meu irmão estava lá.

Surgiu então entre nos um conflito de proporções enormes ao ponto de minha mãe pedir que eu saísse. Vesti-me com um short e uma camiseta e fui para Itapoã. Sentei-me em um bar chamado Quiosque de Janaína, e comecei a beber quantas eu aguentava, perdi a conta de quantas.

Estava decidida a me embriagar para, de alguma forma, por fim aquele desespero que me consumia. Mas a cerveja parecia água, eu não me embebedava de jeito nenhum.

Fiquei por lá a tarde toda e entrou pela noite.

Já eram umas 22 horas, e eu só e completamente desesperada e lúcida, naquele lugar.

A dor e o desespero tomavam conta de mim, Levantei-me e sai  andando e passei em frente a um quiosque na praia. Tinha um homem em pé na calçada. Perguntei: Que horas são? Ao que ele respondeu meio gaguejando: 22:40.

Era um homem negro, barbudo, com uma  sacola azul na mão. Atravessei a rua e fui sentar-me em um ponto de ônibus. Chorava muito. Foi quando senti alguém do meu lado perguntando:  moça a senhora tem alguma coisa?

Posso ajudar? Quando levantei os olhos dei de cara com o homem da sacola. Pensei logo: Este homem barbudo deste jeito com os olhos vermelhos deve ta drogado… rsrsrsrs. Ele perguntou: Quer conversar? As vezes conversar ajuda. Eu não jantei ainda, se você quiser o mercado aqui ao lado fica aberto a noite toda, e nós podemos conversar.

Ai eu pensei: Bom, já não tenho nada a perder, to na lama mesmo. Levantei e fui.

Ele sentou-se e se apresentou: meu nome e R……….. Trabalho no Polo Petroquímico e estava trabalhando na parada do polo desde ontem. Já tinha saltado do ônibus para ir pra casa, mas fui movido a voltar ao mesmo e vim parar aqui.

Só que nos dois não sabíamos que, a partir daquele dia, Deus estava começando a fazer um milagre em minha vida.

Continua na parte 3…

postou wally, surpreso com a história da Naiza, no Desafiando Limites.