continuação da parte 2…
Mas, havia algo mais, tinha o fato que fazia que os problemas se misturavam. Devido ao fato de estar desempregado, e de meus pais estarem em dificuldades financeiras, chegava um ponto onde era difícil distinguir o que era causa e o que era consequência, tornando tudo muito nebuloso e obscuro, cada vez mais difícil de se achar uma luz no fim do túnel.
Logo, as dificuldades familiares não eram, propriamente, dificuldades de relacionamento, mas consequência da situação delicada que vivíamos na esfera financeira. Era uma bola de neve, que crescia e não havia uma solução imediata e nem no curto prazo, o que só servia para complicar as coisas.
Agora que expliquei porque a depressão me pegou de jeito, ou pelo menos os “motivos” de eu ficar em depressão, vou contar alguns fatos que fizeram desse período uma época de singular aprendizado e choro constante, não necessariamente nessa ordem, e nem atendendo os dois requisitos ao mesmo tempo. A ordem cronológica também não é exata, seja pela sequência narrada, seja por conta da diminuição de neurônios ao longo do tempo (desculpa usual para esquecimento =o).
A primeira situação que me levou a crer que iria passar por sérias dificuldades foi especial, embora, quando ocorreu, eu não tenha me dado conta disso. Estava saindo da igreja, num período de oração que coincidia com o horário do almoço, e encontrei um jovem da igreja com quem tinha uma amizade muito próxima, e que era um jovem bastante consagrado: Salomão, seu nome.
Cumprimentei-o efusivamente, eu indo, ele vindo. Então, seu semblante ficou sério, e ele balançou a cabeça e disse, em tom grave: “Deus está me dizendo que vai te levar para o deserto, para um encontro com Ele!”. Eu, tonto, incipiente e ingênuo, desconhecedor do que seria aquilo, respondi: “Amém…”. Como diria o Batman, “santa ignorância”, ops, era o Robin! =o)
A partir daquele dia, descobri, a duras penas, o que significa “deserto” na vida do cristão: solidão, escassez, angústias, agruras, isolamento e, o principal de tudo, dependência de Deus. É no deserto que vemos a falta, mas é no deserto que os milagres acontecem. E foi no deserto que um milagre aconteceu comigo: ao mesmo tempo em que parte de mim morria nas areias causticantes daquele deserto espiritual e material, um novo homem emergia, formado pelas Mãos divinas, tendo como matéria-prima o pó que sobrou do velho homem.
As mãos do Oleiro trabalharam incansáveis em mim naquele ano… quantas vezes eu me quebrei, fiquei em cacos, apenas para que as Mãos me refizessem, me dessem nova forma, juntando os pedaços que teimavam em ficar separados?
Foi no meio desse deserto que descobri o valor das amizades sinceras, do sorriso amigo e da mão companheira. Momentos sublimes, onde ter alguém para lhe escutar, em silêncio, era um tesouro, e certas palavras de incentivo, vindas no momento certo, eram como água fria em minha cabeça que fervilhava com problemas insolúveis.
Quando me lembro desses momentos, sinto um misto de saudosismo e nostalgia, e chego a me emocionar. Um sentimento difícil de explicar… mas, cuja experiência faz parte de meu patrimônio intangível, e vale tanto quanto meu nome publicado no Diário Oficial, dentro das vagas de um concurso importante.
Continua…
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Excelente, esta sua analise da depressão. Mas eu, diagnosticado com depressão há 15 anos atrás, não consigo sair desse deserto imenso e árido. Duas tentativas de suicidio e a vida parece uma pedra de 1 milhao de toneladas nas costas...DROGA !!!! Não aguento mais tomar tanto medicamento e me sentir um pedaço de chiclete grudado no chão, amassado e inutil. Li seus conselhos e tentarei segui-los.
Que Deus me ajude!
olá, Guilherme, boa noite.
obg por me lembrar q preciso terminar esse post, e dizer como fui curado, como foi q as coisas terminaram.
por favor, continue lendo os outros posts, quem sabe neles vc não acha a forma de sair deese túnel escuro?
Deus o abençoe, em nome de Jesus.
abs.