Testemunho – Mudança de vida parte 4

Continuação do Testemunho – Mudança de vida parte 3

Não dei ouvidos, continuei bebendo e me enchendo de Diazepam… e ficava completamente louca. Tornei a vida de R um inferno… transformei a nossa casa em um inferno. Até o dia que tudo aconteceu, um mês depois do que o pregador tinha me alertado.

Aconteceu uma briga entre mim e R. Eu estava sabendo que ele tava com uma mulher, quebrei tudo dentro de casa, coloquei uma faca peixeira na cintura e sai pela noite: ia procurar a mulher e acabar com ela.

Andei pela cidade a noite toda, completamente cega, cheia de cerveja e uns 100 miligramas de diazepan.

Só chorava, a faca esquecida na cintura, voltei a caí na cama como desmaiada.

No outro dia cedo quando acordei, perguntei a minha mãe pelo meu marido. Ela respondeu: foi embora. Então eu enlouqueci, fui atras dele e o encontrei na casa da irmã, completamente assustado e desesperado. Tinha levado toda a sua roupa.

Voltei pra casa, peguei um vidro de veneno pra rato, misturei com limpador de fogão e bebi. Meu Deus, fui parar na semi UTI do Emec e creiam: não havia veneno e meu corpo. Acordei quebrando tudo na sala que eu estava. E os médicos chamaram R e lhe deram uma guia para me internar num manicômio em Salvador. Esse era o plano de Satanás: jogar-me num hospício como louca.

Mais Deus estava no controle. R não teve coragem de me levar pro manicômio e me levou de volta pra casa. Aí os crentes foram na minha casa, oravam, cuidavam de mim. Dois dias depois que saí do hospital, estava em meu quarto fazendo as unhas quando R chegou, conversando mansamente, pedindo que eu me tratasse e eu comecei a me alterar e aí, sem pensar, joguei toda a acetona sobre meu corpo. Eu estava com um vestido de malha. Ele, assustado, saiu correndo porta a fora.

Eu corri para o fundo da casa arrebentando tudo, peguei um fósforo e toquei fogo em mim. A acetona impregnada no vestido de malha queimava tudo. Eu enlouquecida, minha mãe correu pra me ajudar, tropeçou em uma cadeira e quebrou o fêmur. Foi quando eu senti que me empurrava pra dentro de um banheiro que tinha nos fundos. Não me perguntem como consegui ligar aquele chuveiro e senti a água fria cair sobre meu corpo queimado. Não sentia dor física estava completamente louca.

Chegou o irmão Antônio e deu socorro a mim e a minha mãe. Ela tinha 72 anos, e não tinha hospital que quisesse atender. Eu tinha um bom convenio e queriam me levar logo pro hospital por causa das queimaduras. Eu me recusei, e disse que só tocariam em mim depois que minha mãe fosse atendida.

Não encontramos hospital para atendê-la, e mandei a Ambulância a levar também para o mesmo hospital que eu ia. Só queriam atender com dinheiro, mas ela não tinha convenio. Fiz o mair reboliço no hospital, toda queimada com o soro pendurado na mão. Chamei o diretor do hospital, ameacei sair dali e ir a jornal, TV , tudo, queimada do jeito que eu estava. Bom, atenderam minha mãe, imobilizaram-na e ela ficou medicada e atendida, esperando que meu irmão fosse buscá-la de Feira de Santana para Salvador.

Os médicos, coitados, agoniados comigo, pois eu estava muito queimada e eles temiam uma infecção. Só depois de ver minha mãe tratada eu permiti que me atendessem. Aí, meu irmãos, eu saí daquele estado de loucura, e comecei a sentir a dor das queimaduras. E eram dores lancinantes. Me trataram e o médico queria me mandar para uma seção de queimados. Bati pé e disse que não iria, fiz outro rebuliço, e assinei um termo de responsabilidade e fui pra casa.

Continua…

Cada vez mais impressionado com o testemunho da Naiza, aqui no blog Desafiando Limites.

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