Refletindo sobre a oração

Se a oração é diálogo, por que quase sempre fazemos dela um monólogo?

A lição da Escola Dominical deste trimestre versa sobre oração. Um tema interessante.

Em nossa classe, uma colega disse algo até certo ponto chocante e tocante: um conhecido dela sempre dizia que orava dizendo ao Senhor que os filhos dele eram dEle, e que poderia levá-los quando Ele bem entendesse. Essa oração era sempre repetida sem maiores consequências, até o dia em que sua filha completou 15 anos… e Deus a levou.

Ele confessou à nossa colega: “se eu soubesse que Deus a levaria de verdade, nunca teria orado daquele jeito”.

Isso levanta questões interessantes: nós oramos e não esperamos resposta? oramos e não queremos a resposta? oramos por orar? oramos e não cremos na resposta?

Bem, ela também passou por sua fase “orei e recebi, para minha surpresa, o que pedi”.

Ela dizia que as pessoas apresentavam suas crianças na igreja, para que orassem por elas, e disse ao Senhor: “Senhor, as pessoas apresentam seus filhos, e é sempre a mesma coisa. Eu queria, no dia de apresentar meu filho, ter algo diferente a dizer”.

Em resumo, no dia da apresentação de sua filha, ela tinha, de fato, algo diferente a dizer, após quase ter morrido por complicações pós-parto, e a igreja ter sido mobilizada para orar em favor dela nos vários dias em que ficou hospedada na UTI.

Eu diria que ela não se arrependeu da oração, e que, hoje, tem uma grande experiência, mas, em suas palavras, ela disse que “oraria de forma diferente”.

De fato, eu já passei por isso também, e aprendi, a duras penas que, orar pode ser uma coisa muito perigosa, principalmente quando Deus nos dá o que pedimos, mas de uma maneira diferente do que esperamos.

Desafiar Limites é desafiar, às vezes, a lógica por meio da oração.