Muitos veem o passar em um concurso público como uma panacéia, a salvação da lavoura ou até mesmo a salvação da pátria. Eu sou um crítico dessa visão, porque ilude as pessoas e não as prepara para as verdadeiras “provas” da vida profissional, que são, muitas vezes, mais difíceis e complicadas que as aplicadas pela ESAF, CESPE, FCC, etc. E, não raro, não aceitam recurso.
Pessoas iludidas com a idéia que o serviço público é um mar de rosas vão, eventualmente, ferir-se bastante nos espinhos rosáceos quando estiverem remando seu barquinho em direção à praia de seus sonhos. Outros, por pensar que existe um órgão perfeito, vão ficar pulando de galho em galho de órgão em órgão em busca de um tesouro perdido. Se estiverem fazendo concurso para vigia de zoológico, já podem se considerar aptos na prova física.
Mas, não se engane: não existe Indiana Jones dos concursos nem o Eldorado dos órgãos, ou Órgão Dourado, embora a saga para se passar em um bom concurso seja uma verdadeira aventura, cheia de perigos, inimigos ferozes e uma emoção a cada esquina… risos
O número de pessoas que, atualmente e voluntariamente, submete-se a prestar concursos é elevadíssimo. Claro, enxugando aqueles que apenas pagam a inscrição e vão – quando vão – fazer a prova, há uma drástica redução de aproximadamente 3/4 dos inscritos. Mas, ainda assim, é um número alto em se tratando da relação concorrente/vaga.
Há um número quase infindável de cursinhos e professores dedicados a preparar os concurseiros para os editais que puLULAm na praça, desde 2003-2004. A esse respeito, abrindo um parêntese, havia, de fato, uma necessidade premente de readequar e reconstruir os quadros do funcionalismo público, após quase uma década de sucateamento pelo governo anterior. Não que meu endosso nesse caso seja extensivo a todas as políticas do governo atual, que se encerra em 2010, mas não posso deixar de reconhecer o que julgo acerto, em minha humilde opinião, claro. Fecha o parêntese.
Mas, enfim, apesar de haver uma profusão de cursinhos preparatórios para concursos, ainda não existe – não que eu conheça – um cursinho que ensine não a estudar as matérias dos concursos, mas a estudar corretamente, ou seja, aprender a estudar. Algo voltado especificamente para concursos, com esse foco, desconheço. Mas, o fato de não existir não quer dizer que não seja necessário. Se eu soubesse como explorar esse nicho, já estaria ganhando muito dinheiro… risos
Logo, pela falta de uma fonte que possa ensinar os concurseiros essas coisas, lancei um protótipo de consultoria em concursos, que denominei de coaching. A procura foi boa, os resultados foram razoáveis, inclusive com algumas pessoas me agradecendo por evolução nos estudos e/ou aprovação, mas o modelo que adotei não se mostrou adequado às necessidades dos alunos e minha.
Estou tentando fazer a dupla dinâmica (Tico & Teco, meus 2 neurônios de estimação) achar uma saída, mas eles andam meio molengas com a proximidade do fim do ano, sabe? Pois é… cruel isso. Mas, se eles descobrirem uma forma viável para reativar o coaching, em 2011 haverá “O RETORNO”. Então, enquanto não posso ganhar dinheiro com minhas dicas, dou de graça mesmo, por isso aproveite enquanto eu sou pobre, humilde e desconhecido, enquanto a fama não sobe a minha cabeça (risos).
Após esse longo prefácio, vamos ao assunto do título, mas antes é necessário dizer que foi inspirado e adaptado do seguinte post: 7 Dicas para encontrar o emprego ideal, do Produzindo.net, um blog com dicas muito legais que acompanho. Um trecho do texto que gostei e me chamou a atenção foi este:
Lia Fonseca, diretora executiva da Volare Recursos Humanos, define o que seria o trabalho dos sonhos. “É aquele que na maior parte do tempo o profissional realiza atividades prazerosas, já que faz o que gosta e faz bem porque sabe fazer. Quando há identidade com o trabalho e com a empresa há emprego ideal.”
Adaptando-o aos concursos, eu digo: estude para um concurso de um órgão ou área que case com sua vocação, pois você estudará mais motivado e seus esforços renderão mais e melhor. É uma ilusão estudar tendo unicamente o montante do contracheque como motivação, ou mesmo a maior motivação. Apesar de ser importante e trazer satisfação, o dinheiro, por si só, não é garantia de felicidade profissional, seja no setor público, seja no privado.
Por isso, entre outras coisas, resolvi adaptar o post ao tema mais lido por 10 entre 10 concurseiros: o que fazer para passar em um [bom] concurso? Leia e veja se as dicas podem ajudá-lo a encurtar a distância [e o tempo] entre seus estudos e a tão sonhada aprovação, afinal, todo concurseiro que se preze tem o sonho de, um dia, conquistar seu lugar ao sol no DOU.
Essa é antiga: Sócrates, o Dr. Ateniense (pensou que era o Corinthiano, né?), já no V século a.C. dizia isso aos seus alunos. Mas, por que você precisa se conhecer para se sair melhor nos concursos que prestar? Simples: para identificar seus pontos fortes e fracos. Os fortes para explorá-los e potencializá-los e os fracos para trabalhá-los e minimizá-los.
Por desenvolver-se, entenda o seguinte:
a) Aprenda a estudar, e a dica que dou é fazer uso de uma técnica que desenvolvi a partir da leitura de um excelente livro chamado “As 7 Leis do Aprendizado”, do mesmo autor de “A oração de Jabez”, um dos maiores best-sellers do mercado editorial americano. A técnica, que denominei de 4 I’s, é a seguinte: classifique as matérias a serem estudadas em Indispensável (sem perda de tempo), Importante (assim que tiver tempo), Interessante (se der tempo) e Irrelevante (pura perda de tempo).
b) Aprenda a responder as questões das provas com rapidez e agilidade, aliando rapidez com acurácia. Ok, gênio, e como se faz isso? Com treino, treino e, de quebra, algum treino, ou seja, responder à exaustão provas anteriores.
c) Aprenda a controlar suas emoções. Nem sempre é a falta de estudo que derruba um candidato. Às vezes, aliás, muitas vezes, é a falta de controle emocional, é o nervosismo de última hora que traz o terrível e tormentoso “branco” a reboque que detona os mais desavisados e preparados, não necessariamente nessa ordem. Procure resguardar suas emoções ANTES (no estudo, para render), DURANTE (para não ser mais uma vítima do terrível “branco”) e DEPOIS (para não entregar os pontos, por não ter sido, ainda, aprovado).
Continue lendo a parte 2 aqui.
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