O segredo do meu sucesso
2ª edição.
A inspiração deste texto veio após ler [algumas] entrevistas do Fórum Concurseiros, notadamente aquelas mais motivadoras, seja pelo sucesso alcançado, seja por ser bem escrita ou seja pela superação de dificuldades e um empenho pessoal admirável pelo esforço depreendido. Entre essas, quero indicar as mais recentes que vi, e são elas: Gigliane Concurseira; AUFC – TCU 2009 -> após quatro reprovações, a vitória!!!; Meu depoimento. Vendo esses emocionantes depoimentos, vi que eles têm muita coisa em comum, e é justamente sobre isso que quero falar: os segredo dos que passaram.
Quando exponho meu ‘cartel’ de vitórias, que são nada menos que 6 aprovações recentes em variados concursos, todas entre as 5 primeiras colocações, concursos com muita concorrência ou com poucas vagas, ou ambos, tomo o cuidado de omitir minhas derrotas e vergonhas… afinal, quem se interessaria por minhas derrotas? Derrota não dá Ibope, não vende, não ‘enche a bola’ nem ‘afaga o ego’, além de ser constrangedor ficar expondo meu lado humano e confessando minhas [muitas] fraquezas e deficiências. Se eu fosse um lutador de boxe, de MMA (vale-tudo, em inglês) ou um atleta olímpico, talvez até fizesse sentido, porque para eles conta muito o balanço positivo vitória x derrota, mas, na verdade, não sou nada disso. Sou apenas, e tão-somente, um [ex-] concurseiro.
Quem não conhece bem a dinâmica dos concursos, do acúmulo de estudo ao longo do tempo, das experiências frustrantes antes de poder comemorar a vitória, me olha meio que assustado e admirado, e é bem possível que passe por sua mente algum desses pensamentos: de que cartola esse tirou essa nota? Será que ele tem um gabarito escondido na manga? Como ele fez para desaparecer os concorrentes na frente dele? Como ele conseguiu iludir a banca, para o aprovarem? Apesar de parecer engraçado para alguns, e incrível para outros, passar em um [bom] concurso não tem mágica. Talvez porque, se um mágico conseguisse passar em um concurso por mágica, se ele não fosse preso por fraude, ganharia muito mais dinheiro continuando a fazer… mágicas! Desde que não fosse ensinando os outros a passar, por mágica, em concursos, lógico. Por que? Porque então deixaria de ser segredo, e você já viu algum mágico – tirando o Mr. M, claro – revelando seus segredos?
Para passar não existe mágica, então? Não. Se você quer ganhar a vida fazendo mágicas, é melhor desistir de fazer concursos. Uma coisa não combina com a outra. É isso que você aprende lendo entrevistas como aquelas, e outras, claro, afinal a lista de entrevistas boas no fórum é grande. E lá, no Hall da Fama dos concursos, tem muita coisa boa, que vale a pena dar uma olhada. Mesmo que não seja para incentivá-lo a fazer ou continuar na carreira de concurseiro, muitas histórias são verdadeiras lições de vida, de superação, e de conquistas fantásticas que acrescentam muito como experiência pessoal e inspiração.
O concurseiro tem uma experiência muito parecida com atletas, seja na fase anterior às conquistas, com renúncia e sofrimento, seja na fase de colher os louros, onde a conquista compensa todo o esforço, ou na admiração de muitos que se espantam ao ver onde chegamos. “mas, de onde saiu esse?”, peguntam. Claro que ninguém estava nos vendo, afinal estávamos nos últimos meses enfurnados em uma caverna, digo biblioteca estudando feito malucos, quase sem vida social, sem quase ver a luz do sol, pálidos como frango de granja, sendo chamados de ‘mandioca descascada’ quando íamos à piscina (de tão brancos, meu caso, lógico).
Quando o incrível César Cielo foi campeão olímpico, poucos sabiam quem era aquele garoto sardento e reservado que estava carregando as cores do Brasil em seu uniforme. Menos ainda sabiam que estavam diante de um campeão, antes mesmo dele cair na água. Mas havia gente que sabia de seu potencial: seu técnico, seus pais, e aqueles que o viam nadar incansavelmente na piscina do clube onde ele treinava. Aprenda isso: não interessa quantos o conhecem, ou quantos estão ao seu lado, o que importa realmente é QUEM está com você nos momentos difíceis e de privação, e é desses poucos combatentes que você precisa ao seu lado para chegar ao seu destino. Outro exemplo emocionante de superação foi o da Maureen Maggi. Quem não se emocionou quando ambos choraram ao ver a bandeira verde e amarela tremulando no lugar mais alto do podium e ouvir o hino nacional sendo transmitido para todo o mundo? Eu me emocionei.
Eu poderia citar vários outros exemplos, como o do Vanderlei Cordeiro, que, quando estava correndo na ponta (1ª colocação), foi parado por um fã[nático?], mas ainda assim, acabou chegando em 3º lugar. E o ‘cara’ ainda fez festa como se tivesse sido o primeiro! Errado, ele? Não! Claro que não! Se fosse eu, teria feito a mesma coisa… imagine, só porque não cheguei em 1º, vou deixar de comemorar? Não faz parte do meu show. Eu comemorava até quando ganhava – ah, bons tempos que não voltam mais… – jogo de bolinha de gude! Imagine uma medalha olímpica! =o) Mas, por sua humildade e amor ao esporte, recebeu mais uma medalha: a Medalha Pierre de Coubertin, uma das maiores honras que um esportista pode receber em sua trajetória competitiva, honra que somente alguns conquistaram, em todos os jogos olímpicos já realizados.
Se você se deu ao trabalho, digo, se deu ao investimento de tempo de ler as entrevistas que indiquei, deve ter notado que há alguns aspectos comuns na história dos vencedores, e posso listar alguns aqui, para ilustrar:
- vontade férrea de vencer, a despeito das, às vezes, constantes e repetidas, derrotas;
- dedicação espartana ao objetivo, renunciando a coisas que a maioria das pessoas consideraria heresia mortal;
- apoio incondicional de alguém próximo e muito querido, que, nos momentos de dificuldade, está motivando, animando, consolando;
- capacidade de aprender e, mais importante, corrigir os próprios erros;
- capacidade de recuperação, após um duro revés ou grande decepção, e reorganizar-se para uma nova batalha (o famoso lamber as feridas, sacudir a poeira e dar a volta por cima);
- ser um estrategista, sabendo analisar seus pontos fortes, fracos e onde deve investir seus, muitas vezes parcos, recursos;
- sabe, ou aprendeu a duras penas, lidar com a dor, o sofrimento e a decepção, usando-as como incentivo pessoal de superação;
- paciência e perseverança, afinal não se passa em [um bom] concurso da noite pro dia;
- saber escolher bons materiais de estudo, tornando-se quase um ‘garimpeiro’ de sebos, bibliotecas e livrarias.
Concluindo: se você está nessa batalha para conquistar um cargo público, veja-se como um atleta em busca de uma medalha, sabendo que a linha de chegada, por mais distante que esteja, um dia será alcançada. Se você perseverar nessa corrida, talvez o dia seja incerto, mas o cruzar a linha será apenas questão de tempo. E quanto maior for seu esforço e dedicação, menor será esse tempo de espera. Em uma entrevista a um canal de TV, à qual fui convidado pelo dono do cursinho no qual estudava, à época, fiz questão de frisar: não tenho mais inteligência do que o normal, apenas estudo mais do que o normal. E, na igreja, em minha despedida, disse: eu não sou inteligente, eu sou esforçado. Logo, se você não tem muito talento de sobra, como eu, vença pelo esforço.
Se você não leu o 1 Co 9.24 lá em cima, eis aqui o que diz: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”. (grifo acrescentado)
Mais uma vez, obrigado por sua leitura de mais um texto meu.
Abs,
=o)
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Blog Comments
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Texto muito bem escrito e motivador! Parabéns pelo texto e pelas vitórias conquistadas! Felicidades!!
Leonardo Ribeiro
21 de fevereiro de 2010 at 20:51
Parabéns pelo Texto. Muito sucesso!
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