Vivemos em uma sociedade globalizada, onde nosso pensamento, após externado na grande rede ou “teia global”, que é a internet, viaja o mundo todo em apenas alguns segundos. É quase a mesma velocidade que você leva para ler estas linhas iniciais e mais rápido do que eu levo para torná-lo realidade após concebê-lo.

Primeiro, o patrulhamento, depois…

Ocorre que, em que pese haver tanta disseminação de conhecimento e de informação, não se pode dizer que as pessoas estejam se tornando, de fato, mais sábias ou eruditas, pois que o aprendizado não é mero jogo de palavras que se obtém pelo simples passar d’olhos por uma página escrita, seja no papel, seja na tela do computador.

Cuidado, suas ideias estão sendo vigiadas!

Mas, por que tal não ocorre? Em parte, óbvio, é que são poucos, em relação ao universo, que desejam aprender algo novo e ir em busca de coisas novas a serem aprendidas, experimentadas. Outro motivo, mais triste e mais pernicioso também, é a questão do patrulhamento ideológico em cima de opiniões divergentes, o que traz um certo nivelamento de ideias, opiniões e interpretações sobre o mundo que nos cerca. E isso, em palavras simples, é o empobrecimento das ideias e o tolhimento da capacidade intelectual e de raciocinar, de se chegar a suas próprias conclusões.

Mas, afinal, onde se quer chegar com este texto?

Dizer que, infelizmente, estamos vivendo e sofrendo, como cristãos, de um patrulhamento ideológico patrocinado pela Agenda Gay, que tenta, a ferro e fogo, desconstruir nossas ideias, não é nenhum segredo. E, não satisfeita, essa Agenda intenta destruir nossa liberdade de opinião, querendo nos tolher o direito, assegurado constitucionalmente em nossa carta magna, diga-se de passagem, de livre expressão.

Essa campanha intimidatória onipresente na mídia vem ocorrendo desde algum tempo, mas parece que chegou a um ápice de exposição e esforço, talvez pela coincidência do ano eleitoral, ou não! Quem sabe, isso veio a ocorrer de forma orquestrada, para que, se possível, após a exposição maciça na mídia, a eleição de governantes e parlamentares complacentes, simpatizantes e/ou militantes da causa gay fosse incrementada.

A aprovação do pernicioso PLC122/2006 depende de mais parlamentares que tenham suas consciências morais cauterizadas para o tema, bem como uma certa “flexibilidade” intelectual ou miopia legal para fazer vista grossa à gritante violência à liberdade de expressão que se quer implantar no Brasil.

Se nos países islâmicos existe a sharia, lei religiosa que rege a conduta social, com status de lei inquestionável, fazendo na prática o que se sabe em teoria: “aos inimigos, os rigores da lei; aos amigos, os favores da lei”, no Brasil estamos próximos de sofrer tal derrocada na liberdade de expressão, numa proporção jamais vista desde a ditadura militar. Sim, se passar o PLC122/2006, o Brasil terá todos os atores a postos para desempenhar os papéis requeridos na tragédia que se avizinha e será conhecida, no futuro, como “A Ditadura Rosa” ou, melhor, “A Ditadura Arco-Íris”.

O patrulhamento ideológico, também conhecido como cerceamento de ideias e opiniões, é apenas o primeiro passo. Sim, o patrulhamento vem primeiro, mas o que vem depois é pior (como se tal coisa possível fosse): o passo seguinte é o “patrolamento” ideológico.

Pergunte a qualquer agricultor ou morador de uma pequena ou média cidade da região Sul ou Centro-Oeste e lhe pergunte: o que é uma patrola? Ou então: o que é uma patrolada? Ele vai lhe responder, sem pestanejar, que é, no primeiro caso, um grande trator, que pode ser o de esteira ou uma motoniveladora. Na segunda resposta, ele vai lhe dizer o que faz a “patrola”, que é, obviamente, “patrolar”.

Particularmente, penso que os termos “patrola” e “patrolar” sejam uma espécie de corruptela de um popular modelo de motoniveladora da marca Caterpillar, cujo nome era “Patrol”. Pode haver uma outra explicação, mas essa, talvez, seja a mais lógica.

Enfim, após o patrulhamento eficaz das ideias, com a maciça campanha de intimidação dos opositores, se se conseguir avançar na agenda gay, por meio de uma conquista significativa, tal como o PLC122/2006, a etapa seguinte é tentar “nivelar” as ideias. Esse nivelamento objetiva eliminar aquelas ondulações de pensamento capazes de impedir a pavimentação do caminho que leva à implantação total dos alvos traçados. Isso não é novo. O stalinismo foi pródigo no uso desse expediente, e atingiu um alto grau de êxito.

Nós, cristãos, estamos em um Caminho que é diametralmente oposto ao que é proposto pela Agenda Gay, tanto em relação ao meio como ao fim atingido, e não é novidade que são caminhos que podem, eventualmente, se cruzar, mas jamais estarão em concordância ou apontando na mesma direção. Somos não apenas um risco para os avanços da Agenda Gay, mas um verdadeiro obstáculo que necessita ser, literalmente, tirado do meio do caminho. Por isso, essa primeira fase, o patrulhamento, requer tanto investimento para abrir espaço, uma verdadeira clareira na cultura judaico-cristã que herdamos. O patrulhamento, quando estiver em estágio adiantado, será sucedido pelo “patrolamento”.

A “patrola” é uma máquina pesada, capaz de fazer um grande estrago e obter, em pouco tempo, o resultado que não se consegue com outras máquinas. É, em verdade, um rara obra de arte da engenharia mecânica. Ela é usada, paradoxalmente, para destruir algo que, depois, se quer reconstruir de modo diferente do anterior. Mas, apesar de ser tão potente e ter tal capacidade destrutiva, ela tem limites. Existe algo que faz até mesmo a temida “patrola” parar e que lhe impõe respeito: a rocha.

O homem natural é representado na Bíblia como “barro” ou “terra”, pois que Adão, o primeiro homem, foi formado do barro. E a boa e velha “patrola de guerra” foi projetada justamente para isso, nivelar terra, barro. E é no meio da terra que ela se sente à vontade. Assim, fazendo referência à simbologia bíblica, o homem natural até que consegue se esquivar ou fugir do patrulhamento, mas não é páreo para o “patrolamento”. Somente estando em Cristo, a Rocha dos séculos, o homem consegue a segurança necessária para deter o avanço do “patrolamento” feroz que o ameaça.

Sem estar na Rocha, o homem não é páreo para deter o avanço do inimigo.

A igreja deve firmar-se na Rocha, não somente para estar a salvo, mas para fazer frente e deter o avanço das investidas do maligno.

Veja, agora, um exemplo claro de como o patrulhamento opera, no caso de você ainda não estar convencido de que se faz necessário tomar posição contra o avanço desenfreado que o lobby gay está conquistando no Brasil:

Boa Noite Sr. Mateus

Lendo o seu blog, relato as minhas considerações:

[…]

2) Por outro lado, a quem interessa um blog católico para militantes gays? Será que os militantes gays estão interessados a aprenderam a Doutrina Cristã, ou estão interessados a realizar aquilo que o filósofo Gramsci chama de PATRULHAMENTO IDEOLÓGICO? Será que o ensinamento cristão sobre o homossexualismo foi superado por uma ideologia melhor?

3) Lendo o ocorrido, retirei do opúsculo CADERNOS DA LIBERDADE, a definição de PATRULHAMENTO IDEOLÓGICO, que é muito interessante, do Autor: Sérgio Augusto de Avellar Coutinho – Belo Horizonte – 2003, que conhece muito bem a mentalidade gramscista. Eis a definição extraída desse opúsculo:

[Patrulhamento Ideológico é um processo político de intimidação que é usado contra os adversários para os calar ou impedir que exponham os seus pensamentos ou opiniões ou que se manifestem contra as idéias do “patrulhador” intolerante ou intoxicado pela sua ideologia radical. É um instrumento revolucionário leninista que, atualmente, tem também grande importância para a atualização da reforma intelectual e moral da sociedade como parte da luta pela hegemonia. Com este processo se faz a neutralização dos intelectuais adversários ou mesmo indiferentes, por meio da crítica tendenciosa ou mesmo pela desqualificação pessoal do adversário visado. Não se trata de contradizê-lo pelo debate, pela discordância ou crítica racional, mas pela anulação do oponente sem discussão, o que significaria não aceitar democraticamente a opinião contrária ou discordância.

A desqualificação do opositor é o processo ostensivo mais usado no patrulhamento. Não se as idéias e nem se critica o pensamento expresso pelo intelectual democrata. O que busca é desprestigiar o autor, retirar-lhe a autoridade e idoneidade, para invalidar a obra. O adversário geralmente é estigmatizado como um ser “reacionário”, ou ser de “direita”, “fascista”, “autoritário”, por ser dos “banqueiros internacionais”, da globalização, etc, etc, etc. Infeliz do opositor que tiver “telhado de vidro”, com certeza será crucificado publicamente.

[…]

O Patrulhamento Ideológico nestas duas formas é uma espécie de terrorismo intelectual e moral, antidemocrático, implacável e inescrupuloso. Estes adjetivos se aplicam geralmente às pessoas que voluntária ou remuneradamente o praticam; algumas, convencidas de estarem cumprindo um “dever ético” revolucionário, outras com certo rancor e sadismo político. O “patrulhador” é uma pessoa má, rancorosa, preconceituosa, intolerante, e freqüentemente, mentirosa e anônima. Cumpre sua função de agente carcereiro da “prisão sem grades”.

O Patrulhamento Ideológico não é apenas um instrumento revolucionário, mas a antecipação de outros métodos [comentário meu: aqui entra o patrolamento ideológico] que o Estado Totalitário, a estatolatria de Antonio Gramsci, aplicará para realizar as transformações da sociedade civil e do individuo, após a conquista do poder].

4) Continuando, não é somente o seu blog, mas de outros católicos sérios e honrados como o senhor, estão sobre a pressão ideológica desses patrulhadores. Com qual objetivo?

[…]

c) Aqui no Brasil a Cultura Cristã ainda é forte. É um país bastante religioso. Estado Laico nao significa Estado Laicista. O Estado Laicista nao quer saber de religiao, e nem está interessado com os ensinamentos de qualquer religião, pois não tolera religião alguma. Já a Laicidade de Estado, respeita a religião e os seus valores, mesmo que discordantes.

[…]

e) Se isso hoje acontece contigo, amanhã acontecerá comigo. Lembro-me que o Emmo. Sr. Cardeal Dom Eugenio de Araújo Sales, passou por esse mesmo problema alguns anos atrás. Aconselho que dê por encerrado a discussão com este “reverendo”. Quem sabe um dia ele se converta e passe a conhecer de verdade o Evangelho de Jesus Cristo? Claro que ele pode, basta querer!

Fonte: O que é “patrulhamento ideológico”?

Corra para a Rocha, que é Jesus Cristo, ou corra o sério risco de ser “atropelado” pelas nefastas ideologias que se digladiam entre si, querendo levar o maior número de adeptos, literalmente, ao fundo do poço.

Que Deus nos abençoe com graça, sabedoria e ousadia na defesa de seu evangelho puro e eficaz para salvar todo aquele que nEle crer.

Soli Deo glória.