Aprendendo a dizer não ao pecado – Parte 1
Por Tagore Morais, do blog Desafiando Limites.
Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vosso animos. Hebreus 12.1-3
Há uma coisa que impede a humanidade de ter comunhão com Deus, desde os tempos da queda de Adão: o pecado. O pecado destitui, ou seja, tira do homem a glória de Deus, e faz com que o homem se torne absolutamente abominável diante de um Deus santo.
Veja, o foco do evangelho de Jesus Cristo não está no homem, mas em Deus. Deus é santo, bom, justo e amoroso, e por causa da sua natureza, odeia o mal e todas as formas de maldade possíveis. Veja, a Bíblia nos mostra muito claramente no livro de Salmos o destino dos homens ímpios, a justa condenação que o ímpio e pecador merece diante de Deus. É justo que o homem seja lançado por toda uma eternidade no inferno. Todos os homens.
Eu sei que isso é difícil de ouvir, mas é verdade. É isso que a Bíblia diz sobre Deus: “Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com duas vovavam. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia de sua glória.” A questão acerca da santidade de Deus é que não há nada em todo o universo que se compare a Deus, que chegue sequer aos pés do Senhor. Por causa disso, o pecado contra Deus não é apenas contra um Deus bom, que criara um mundo tão bom (e bom pelos padrões divinos), mas contra o Deus Todo-poderoso, o justo.
Lembre-se de todas as maravilhas feitas por Deus. Ele abriu o mar para que os israelitas passassem, Ele abriu a terra quando Corá, Datã e Abirão se revoltaram contra Moisés. Ele cura os enfermos, abre os olhos ao cego, ressuscita os mortos. Ele é o todo poderoso, o maravilhoso e grandioso Deus, que é bom, puro, justo e agradável. NEle não há maldade, não há impureza, mentira ou trevas. Ele é santo, perfeito, imutável e nada, absolutamente nada é igual ao Senhor. O universo, com todas as grandes estrelas é apenas uma poeira miúda e sem beleza aos olhos do Senhor.
Talvez você esteja se perguntando: o que o caráter de Deus tem a ver com dizer não ao pecado? Absolutamente tudo. Se nós confiarmos naquilo que nosso coração diz ser justo e reto, então nunca poderemos ser santos diante de Deus. A Bíblia diz: “Ninguém há que clame pela justiça, nem ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam na vaidade e andam falando mentiras; concebem o mal (ou trabalho) e produzem a iniquidade.” Nossa visão de justiça e do que é certo está equivocada e quando tentamos nos fazer bons diante de Deus, estamos apresentando um papel higiênico usado a um joalheiro, dizendo ser um diamante.
“Então por que eu tentaria fazer o bem e fugir do pecado se a Bíblia diz que é impossível que o homem se justifique diante de Deus?”
Aqui estão as boas-novas, as boas-notícias: Deus derramou a condenação que nós merecíamos em Jesus Cristo, o nazareno. Ao Senhor agradou moer a Cristo, esmagá-lo, como se pisa a uva para se produzir vinho, Cristo foi abandonado pelo Senhor, não porque Ele tivesse pecado como nós, mas porque a condenação que nós merecíamos foi derramada em Jesus. E ao terceiro dia, pelo poder de Deus, Cristo ressucitou de entre os mortos, segundo o que as escrituras testemunharam dEle, para que nós também pudessemos surgir de entre os mortos, não apenas na ressurreição dos justos, mas em vida, regenerados pelo Espírito Santo.
Veja: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.” Romanos 8.1. E ainda: “Mas, quando apareceu a benignidade e o amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos lavou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador, para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirme, para que os que creem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens.” Tito 3.5-8.
Há um parênteses que quero fazer aqui. Provavelmente você já escutou todas essas coisas. Eu não estou dizendo nada de novo, mas algo que deve ser proclamado com força. É necessário que o evangelho seja motivo de constante meditação e reflexão profunda. Não há como abandonarmos nossos pecados se nós não tivermos entendido o evangelho, se o Espírito Santo não tiver marcado o nosso coração com o Evangelho. A sua salvação é confirmada por isso: se você é uma nova criatura, que tem sido dia após dia moldada, dia após dia se despojando dos seus erros, dia após dia reconhecendo a sua absoluta necessidade de Deus, e buscando-O, sabendo que não é merecedor de nada da parte de Deus e, principalmente, se arrependendo genuinamente do seus pecados, então muito provavelmente você foi salvo e regenerado pelo Espírito Santo de Deus. Fecho parênteses.
O amor de Deus é algo incrivelmente poderoso. A misericórdia de Deus é derramada por causa do seu grande amor com que nos ama, e isso nos salva. A sua graça é poderosa pra nos salvar e transformar. E é disso que você precisa. A primeira coisa que nos liberta do poder do pecado é a graça.
Quando o Espírito Santo entra na sua vida (isso não é algo que você consiga por alguma coisa que você faça), então Ele gera arrependimento, Ele gera uma profunda repulsa e vergonha por tudo aquilo que você é. Arrepender-se é algo profundo que envolve todo seu ser. Não sei se conseguirei explicar o arrependimento, mas tentarei: arrepender-se é quando o seu coração reconhece os erros que você comete em sua vida e você passa a reconhecer que se o Senhor não tiver misericórdia, tudo que você merece é o inferno. A partir desse momento você anseia por transformação, por mudança em sua vida, por uma total mudança de direção.
Abro outro parênteses. Arrependimento é algo contínuo. Quanto mais intimidade você tiver com o Senhor, mais vai crescer em arrependimento. Isso também é indício de que o Senhor está transformando a sua vida pela salvação. No início você percebe que há algo errado com você e que diante do Senhor a sua vida está absolutamente abominável, cheia de falhas e inimizades contra Ele. Conforme você vai crescendo espiritualmente, você vai tendo mais noção da dimensão dos seus erros e vai vendo mais e mais coisas em sua vida que precisam de correção da parte de Jesus, do Pai e do seu Santo Espírito. Fecho parênteses.
Quando o Espírito Santo gera arrependimento em você, então Ele derrama o amor de Deus na sua vida. Aleluia! É esse amor que incendeia o seu coração com um desejo incontrolável de viver uma vida totalmente pra Deus, para a vontade de Deus. Esse amor que gera um profundo desejo de mudança, de ser imitador de Jesus Cristo. A prova de que isso está acontecendo com você é a mudança que isso está provocando todos os dias em sua vida, e se isso não está acontecendo, então você precisa se arrepender, precisa nascer de novo.
Assim diz o Senhor acerca do novo nascimento: “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.” João 3.5. O novo nascimento é a vida que Jesus dá quando o homem está morto em pecados e ofensas contra Deus. Esse novo nascimento é uma mudança total de quem a pessoa era, de uma pessoa que não se interessava pelo Deus da Bíblia (único e verdadeiro) a uma pessoa que ama, de todo o coração, mente e força, a Deus. Esse novo nascimento nos afasta da nossa antiga natureza pecaminosa, nos capacitando a viver para Cristo e a produzir frutos de justiça.
Mas Tagore, quer dizer que se eu pecar então nunca passei por isso?
Isso é uma resposta para a segunda parte da sua leitura… me aguarde (risos)
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Blog Comments
Aprendendo a dizer não ao pecado - Parte 2 - Desafiando Limites at Desafiando Limites e Vencendo Barreiras
28 de novembro de 2012 at 00:18
[…] Leia: Aprendendo a dizer não ao pecado – Parte 1 clicando AQUI. […]
Thiago Belarmino
3 de novembro de 2012 at 11:40
Wallysou
Como faço para seguir o teu site?
Não encontrei a barra do Google Friend Connect.
Um grande Abraço.
My recent post Carta de Deus’ escrita por Albert Einstein é vendida por US$ 3 milhões na internet
wallysou
3 de novembro de 2012 at 13:47
pode seguir pelo twitter @wallysou e curtir a página do blog no facebook, Thiago.
estou seguindo seu blog.
abs, apz.
Thiago Belarmino
3 de novembro de 2012 at 11:38
Satisfação em te conhece Wallysou, Deus te abençoe!
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Aguardo sua visita e parceria.
Graça e Paz!
My recent post Por que eu creio na Bíblia?
Raíssa
3 de novembro de 2012 at 06:21
Ei Tagore. Parabéns pelo texto. Palavras de grande sabedoria. "O temor do Senhor é o principio da sabedoria".
Que Deus continue te abençoando, que você seja canal de benção por onde passar.
wallysou
3 de novembro de 2012 at 11:05
verdade, Raíssa.
muito necessária essa msg nos dias de hoje.
abs, apz.
Tagore
3 de novembro de 2012 at 16:20
Amém Raíssa. A Deus seja eterna glória.