Como você quer ser lembrado após sua partida? Qual será o legado você vai deixar?
“Houve um homem, enviado de Deus, cujo nome era João” (Jo 1:6)
Você parou pra pensar no desejo que certas pessoas têm em deixar uma marca para as gerações futuras? A princípio eu não vejo isso como negativo, pelo contrário, acho muito positivo.
Mas, infelizmente, muitos deixam isso virar uma obsessão e deixam que esse desejo se torne uma paranoia que vai minando cada vez mais todo o possível bem e benefício que essa pessoa poderia deixar após sua partida. Vale a pena viver assim? Eu acho que não.
Deixo um simples exemplo do que acabei de falar acima: a família Sarney, no Maranhão. Tudo lá, de nome de escola, rua, avenida importante, hospital, monumento ou prédio público, foi batizada com o nome de alguém dessa família. Mas, calma que piora: alguns desses locais e espaços receberam nomes de integrantes da família quando estes ainda estavam (estão) vivos!
Graças a Deus, isso está mudando e essa mancha está sendo apagada daquele lindo, porém sofrido, estado nordestino.
Só que você não é um Sarney (mas, se for, continue lendo, seja abençoado e entregue sua vida para ser transformada por Jesus, ok?), então como devo deixar um legado, como deixar minha marca neste mundo? É justamente o que vamos discutir aqui, e você veio ao lugar certo!
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Vamos olhar para a vida de alguém que deixou uma marca indelével, que atravessa milênios e que o tempo não é capaz de apagar. Vamos olhar para a vida de João Batista, primo de Jesus.
Houve: Deixe seu legado
Quando os evangelhos foram escritos, as coisas já haviam acontecido. À exceção de Atos dos Apóstolos, que traz uma narrativa mais presente, e que foi escrita enquanto algumas coisas aconteciam, vide os últimos versículos do livro de Atos, os Evangelhos narram fatos acontecidos no passado.
E, convenhamos, havia muita coisa interessante para ser escrita sobre aqueles dias, não é verdade? Mas, dentre tantos eventos marcantes, tantos acontecimentos extraordinários e milagres que não paravam de surgir pelas mãos daquele meigo e terno Nazareno, nós vemos os evangelistas gastando um precioso tempo para falar de um personagem esquisito.
Sim, João Batista era esquisito. E não era pouco não, veja bem: ele nasceu de maneira esquisita (Lc 1.58), quando criança gostava de ficar no deserto (Lc 1.80), o que é muito esquisito, se vestia e se alimentava de um jeito esquisito (Mt 3.4) e, como se isso fosse pouco, tinha uma forma esquisita de pregar, falando cobras e lagartos pros seus ouvintes (Lc 3.7)!
Vamos combinar, esse João Batista era esquisitão, né não? Oxente, mas era sim! Só que, por mais esquisito que ele tenha sido, ele marcou sua geração e deixou um legado, deixou sua marca na História. E quer saber qual foi a coisa mais importante que João Batista (JB para os íntimos) fez? Ele apontou pra Jesus.
Você quer deixar um legado, quer deixar sua marca na vida dos outros? Comece apontando pra Jesus, e falando do Filho de Deus, o Cordeiro que tira o pecado do mundo!
Um – Não espere pelos outros, aja!
Sabe, às vezes nós temos umas ideias mirabolantes e fantásticas, e queremos revolucionar o mundo. Pensamos que vamos abafar e abalar. Mas, quando percebemos que estamos sozinhos e que não tem ninguém do nosso lado, nos deixamos abalar, abafamos nossos desejos e enterramos nossos sonhos!
Entretanto, não é tudo que vamos fazer que precisa esperar pelos outros. Há coisas, muitas coisas na verdade, que nós podemos fazer sem ter que esperar pelos outros. E, às vezes, são justamente essas coisas que mostram quem nós somos, de verdade.
Sim, às vezes, é justamente quando estamos sozinhos que enfrentamos nossos maiores desafios. Afinal, quer algo mais difícil de se lidar do que a solidão, o desprezo, ser esquecido e deixado de lado, marginalizado? Difícil, não é mesmo? Mas, estar sozinho também é uma oportunidade de fazer algo que vai ressoar pelos anos e marcar sua história.
Portanto, não importa se você está sozinho para fazer algo que Deus lhe comissionou a fazer. E saiba que, às vezes, Ele só está esperando mesmo por uma única pessoa:
E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei. (grifos acrescidos) Ezequiel 22:30-30
Quem sabe essa pessoa não pode ser você, não é mesmo?
Homem – Deus não usa super-heróis
Agora que você descobriu que pode ser o homem (no caso, o ser humano, homem ou mulher) que Deus quer usar para fazer algo que vai marcar sua geração, talvez você esteja pensando: mas, como eu vou fazer isso?
Sim, às vezes, nós ficamos travados quando vemos o tamanho da obra que precisa ser feita, da grandiosidade daquilo que Deus quer que façamos. E nesse mundo cheio de pessoas que são admiradas como se fossem super-heróis, capazes de feitos extraordinários, nós nos sentimos esmagados pelo peso da responsabilidade e apequenados pelo tamanho da tarefa a nós incumbida!
Todavia, você não precisa se sentir assim. Sabe por quê? É simples: primeiro porque se Deus escolheu você para fazer algo, é porque Ele conhece seu potencial, tanto suas forças como fraquezas também. E quando escolheu você, Ele levou isso em conta. E mesmo conhecendo suas fraquezas, Ele apostou em você.
E, meu amigo, se Deus acredita em você, quem sou eu pra duvidar, não é verdade?
E segundo, você não precisa ficar angustiado achando que vai ter que fazer tudo sozinho, afinal Ele vai estar do seu lado, certo? Não foi Ele mesmo quem disse que estaria contigo e te ajudaria? Então, por que temer?
Enviado – Cumpra o propósito de Deus em sua vida!
Talvez não seja o seu caso, mas por muito tempo foi o meu: eu tinha dificuldade em começar a agir, em colocar em prática meus projetos e sonhos. Pra falar a verdade e ser honesto com você, eu ainda tenho esse problema. Nem sempre é fácil, pra mim, sair do comodismo e agir.
E quando se trata da vontade e dos planos de Deus para nós, ficar acomodado não é a melhor opção. Sim, nós temos que arregaçar as mangas e colocar a mão na massa, sujar as mãos mesmo se quisermos ver as coisas acontecerem.
Se Deus nos deu uma ordem, se Ele nos comissionou para uma obra, só nos resta cumprir o propósito dEle e realizar a Sua vontade, né não? Que outra alternativa temos, senão fazer e cumprir a vontade de Deus?
Levante-se! Esta questão está em suas mãos, mas nós o apoiaremos. Tenha coragem e mãos à obra!” Esdras 10:4
Como diz o verso acima: mãos à obra! E então, vai obedecer ou desobedecer à voz de Deus? Vai cumprir ou descumprir o propósito de Deus em sua vida? Pense bem no que você vai responder – e fazer – agora que você tem certeza que Deus lhe deu uma missão para cumprir.
Deus – Devemos ser fieis Àquele que nos comissionou
Seguindo o raciocínio anterior, mas sem deixar a coisa repetitiva, serei sucinto aqui, ok? Então, vamos lá.
Deus te chamou, certo? Ele comissionou você para uma missão. Ele está apostando em você, acreditando no seu potencial. Além de tentar fazer a vontade dEle e se esforçar ao máximo, o que mais você pode fazer? Ser fiel.
Sim, ser fiel. Fiel ao chamado divino, fiel à tarefa, fiel a sua reputação, fiel ao seu caráter e fiel àqueles que lhe cercam e que confiam em você.
Sabe, às vezes o que prejudica um trabalho de ser feito nem é a falta de recursos, nem falta de tempo e muito menos falta de esforço. Às vezes, o maior problema que podemos enfrentar para vermos um trabalho realizado e concluído é a falta de fidelidade mesmo. Em outras palavras, a infidelidade.
E, em nosso país, este lindo Brasil no qual vivemos, a corrupção nada mais é do que isso: falta de fidelidade, não honrar o que foi tratado e combinado. E por isso temos tantos problemas país afora, e tudo por causa da falta de fidelidade.
Você quer deixar sua marca, deixar um legado? Seja fiel. Caso contrário, você poderá ficar conhecido negativamente pela sua infidelidade! E, cá pra nós, não é isso que você quer deixar registrado após sua partida, não é verdade?
Cujo – Seu trabalho será conhecido e reconhecido
Vamos recapitular rapidinho: você está trabalhando para deixar sua marca na história, afinal foi para isso que Deus lhe chamou, certo? E você está se esforçando, batalhando e atuando conforme suas forças, e contando com a ajuda divina nessa obra. E, claro, está sendo fiel ao seu chamado e aos que o cercam.
Então, que resultado você deve esperar disso tudo? Simples de responder, nem vou fazer força. Vê só:
Primeiro, você vai conseguir ir até o fim, concluir a obra que lhe foi confiada. Isso é fato. Segundo, vai agradar a quem lhe incumbiu de fazer essa obra que acabou de ser realizada, lógico. Terceiro, vem a satisfação de conseguir fazer a tarefa que lhe foi confiada, aquela sensação de realização e finalização. E, por fim, as pessoas ao seu redor vão ser beneficiadas pelo trabalho que você fez.
Agora junte tudo isso e o que você tem? Seu trabalho vai ser conhecido, as pessoas vão ver aquilo que você fez. E, claro, como você foi diligente, esforçado e fiel ao que foi planejado pelo Supremo Projetista, seu trabalho será útil, relevante e admirado pelas pessoas. Ou seja, seu trabalho será reconhecido.
Vamos ser honestos aqui, certo? Existe algo mais importante do que o reconhecimento do trabalho que fazemos? Existe algo mais gratificante do que ter nosso trabalho reconhecido pela pessoas que realmente importam para nós? E ser reconhecido por Deus, que tal? Afinal, o que estou falando aqui está registrado na Palavra de Deus!
Em outras palavras, o trabalho e a missão de João Batista (ou JB, se você preferir assim) teve o selo de aprovação divino! Que máximo, cara, deve ser Jesus aprovar pessoalmente você!
Afinal, o que foram ver? Um profeta? Sim, eu lhes digo, e mais que profeta. Lucas 7:26
Nome – Construa sua identidade, preserve seu nome!
Dizem os mais entendidos do que eu, especialistas em comportamento, que conhecer as pessoas (e as coisas, também) pelos seus nomes corretos é uma das melhores coisas que podemos fazer.
Se formos analisar bem, vemos que Deus gosta de chamar as pessoas pelo nome, sabia disso? Vamos dar uma olhada nisso mais de perto:
E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? Gênesis 3:9-9
E vendo o Senhor que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui. Êxodo 3:4-4
O Senhor voltou a chamá-lo como nas outras vezes: “Samuel, Samuel! ” Então Samuel disse: “Fala, pois o teu servo está ouvindo”. 1 Samuel 3:10-10
Achei a Davi, meu servo; com santo óleo o ungi, Salmos 89:20-20
E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Atos 9:4-4
Este, quase à hora nona do dia, viu claramente numa visão um anjo de Deus, que se dirigia para ele e dizia: Cornélio. Atos 10:3-3
E foi-lhe dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro, mata e come. Atos 10:13-13
Percebe como essa ideia que dizem ser nova, de se chamar alguém pelo nome, que é “a palavra mais doce que gostamos de ouvir” é, na verdade, bem antiga? Ora, desde os primórdios Deus já nos chamava pelo nome!
Portanto, zele pelo seu nome, ele é o seu maior patrimônio!
Mas, o mais importante de tudo não é o local onde seu nome é registrado aqui, importante mesmo é ter o nome escrito no cartório celestial, e receber o reconhecimento do Eterno para todo o sempre!
Contudo, alegrem-se, não porque os espíritos se submetem a vocês, mas porque seus nomes estão escritos nos céus”. Lucas 10:20
João – Faça a diferença entre seus iguais
Não era fácil ser um João quando tinha um Jesus por perto, concorda? Nós somos um país que quando queremos diminuir alguém chamamos essa pessoa de zé-ninguém ou então de mané, não é verdade? Só pro seu governo, o zé-ninguém nos Estados Unidos se chama Jon Doe, algo mais ou menos parecido com o nosso fulano.
Até quando queremos fazer bullying a gente muda o nome. E de bullying eu entendo: quando eu era mais novo, as pessoas me apelidaram de “conguinha“!
Não se preocupe se você não sabe que xongas é Conga. Eu te mostro.
Só pra contextualizar pra você que me lê e deve estar rindo até rachar o bico, não faz mal, pode rir com gosto, porque eu gostcho. Enfim, a Conga (não a da Gretchen, que fique claro), que motivou meu apelido de conguinha, era a mais pebinha que tinha.
Por isso eu que era pobre de marré, usava, claro, a conguinha! Aí vinha o Kichute, que era meu sonho de consumo infantil, e que só vim a possuir muito tempo depois. E, finalmente, depois surgiu o Bamba (tchran), que era chic, por isso que hoje tem aquele mote: “você é bamba!” significando que o cara é bom, e tal.
Como você deve perceber, eu nunca tive e nem fui bamba em nada. Mas, é a vida, e é assim que ela é. Segue o jogo.
Pois bem, João naquela época era um nome até certo ponto comum, apesar de existirem poucos Joões no Novo Testamento. O original, em grego, era Ioánnis e, em hebraico, bem parecido – Yôhanan, uma forma diminuta e carinhosa (tipo Joãozinho) de Yahôhánán, aqui numa forma quase transliterada.
João, então, era só mais um João no meio dos outros Joões.
Então, a lição que fica é que não importa se você é mais um entre muitos, o que importa é que você faz diferença no meio dos outros. É isso que, no fim das contas, conta: você ser contado entre os que fizeram diferença e deixaram uma marca, um legado.
Portanto, seja você um João, José, Maria, Pedro ou… como é mesmo o seu nome? Enfim, seja você quem for, o que importa é que você seja lembrado pelo que fez e que isso seja algo positivo e relevante, tanto para você como para os outros!
Concluindo…
Nossa vida é cheia de altos e baixos. A minha, pelo menos, é. Ou, sendo mais preciso, já foi. Às vezes, você está em cima; em outras, em baixa. É a vida, meu caro. Mas, se você não sabe, João (JB, lembra né?) também teve seus momentos de altos e baixos. Na prisão, até fraquejou, mas foi fiel até o fim.
E, por fim, foi recebido lá onde seu nome foi registrado, no Cartório do Céu. E ficou registrado para nós, quem ele era e fez: “Houve um…, João”
Seu legado ficou, mesmo após sua partida. E é esse o mesmo desafio, passados 2 mil anos, que temos hoje, de fazer diferença e deixar um legado.
“Houve um(a)…, cujo nome era (preencha com seu nome aqui)”,
E saia para impactar o mundo! Um dia eles vão se lembrar do seu nome!
Deus te abençoe. Se gostar, avalie. Se quiser, comente também. E, ah, compartilhe com seus amigos. Quem sabe você faz diferença na vida deles e deixa uma marca positiva pra eles, né não?
Obrigado por nos prestigiar. \0/
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Blog Comments
marcia
29 de julho de 2016 at 20:43
Olha não sou da família Sarney, kkkkk, mas tô tentando deixar minha marca.
Sabe, minha mãe que já está com Senhor é lembrada pelo bom humor e alegria que tinha, meu pai que também está com o Senhor, pela fé e como um homem de oração, as melhores heranças eles nos deixaram.
Essa mesma fé, alegria, gosto pela oração ensino aos meus filhos, e ainda mais, ensino o gosto pela leitura da maior verdade, a palavra de Deus. Tenho certeza que será o melhor legado que poderia deixar, a frase ficará assim:
" Houve uma mulher… cujo nome era Márcia G. Sebastião…"
Hahaha
Valeu leitura Wallace
A Paz
wallysou
1 de agosto de 2016 at 08:53
é isso aí, Márcia! nossa vida é feita de escolhas, e as escolhas boas trazem resultado para nós, ainda que demorem um pouco.
peço que compartilhe os posts que vc tem lido e gostado, pq percebo que vc possui um círculo de influência bem significativo.
abs!