17 lições sobre finanças que você (infelizmente) nunca aprenderá na escola

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Aves que roubam as riquezas que Deus depositou em nós

Por Robert Kiyosaki

A escola é uma ótima experiência para algumas crianças. Para outras, é a pior experiência de suas vidas. Toda criança tem um gênio dentro de si. Infelizmente, sua genialidade pode não ser reconhecida pelo sistema educacional.

Sua genialidade pode até ser sufocada.

Thomas Edison, um dos grandes gênios dos tempos modernos, foi rotulado de “confuso” por seu primeiro professor. Confuso significa fora de ordem ou sem clareza. Thomas Edison nunca concluiu a escola e, em vez disso, tornou-se inventor e empresário. A empresa que ele fundou, hoje chamada General Electric, criou produtos que mudaram o mundo. Alguns dos primeiros projetos de Edison foram o fonógrafo, a câmera cinematográfica e a lâmpada elétrica.

Albert Einstein também não impressionou seus professores. Do ensino fundamental à faculdade, seus professores pensavam que ele era preguiçoso, desleixado e insubordinado. A maioria deles dizia: “Ele não será ninguém na vida”. No entanto, Einstein se tornou um dos cientistas mais influentes da história.

Gênio é um acrônimo para “Geni-in-us” — o gênio ou o mágico que existe em cada um de nós.

Todos os pais conhecem a genialidade de seus filhos. A maioria dos pais sabe que o verdadeiro gênio de uma criança é encontrado em seus sonhos. Vemos vislumbres disso desde a tenra idade… as idéias e coisas que encantam, fascinam e desafiam as crianças.

Proteger e estimular o gênio que existe em toda criança é o trabalho mais importante dos pais.

Uma crise educacional

O “negócio” da educação é uma das maiores indústrias do mundo, impactando a vida de quase todas as pessoas no planeta, de uma maneira ou de outra. Nos Estados Unidos, apenas escolas públicas de ensino fundamental e médio — que empregam 3,2 milhões de professores em tempo integral — gastaram US$ 670,9 bilhões em 2016, de acordo com o US Census Bureau, o instituto de estatística americano

E isso é apenas nos EUA. Globalmente, esse número cresce exponencialmente.

Não são apenas centenas de bilhões de dólares gastos no ensino fundamental até o ensino superior, mas os militares também gastam bilhões de dólares para treinar rapazes e moças para servirem seu país. O treinamento corporativo dos funcionários é outro setor de bilhões de dólares, assim como as escolas técnicas, que ensinam profissionais a consertar e manter nossos carros, geladeiras, sistemas elétricos e computadores.

Mas a educação financeira, pelo menos nas arenas formais e estabelecidas dos sistemas e currículos escolares, é amplamente ignorada. Aconselhamos as crianças a irem à escola para conseguir um emprego e trabalhar por dinheiro, mas ensinamos pouco ou nada sobre dinheiro.

As estatísticas contam uma história triste e preocupante: enquanto 90% dos estudantes querem aprender mais sobre dinheiro, 80% dos professores não se sentem à vontade para ensinar a matéria. Um dia, a educação financeira fará parte do currículo de todas as escolas, mas não no futuro próximo.

Se eu fosse responsável pelo sistema escolar, criaria um programa de educação financeira que incluísse as 17 lições a seguir. Mesmo que você não esteja mais na escola, essas são coisas valiosas para você estudar e aprender por conta própria, como parte de sua jornada rumo à alfabetização financeira.

Lição #1: A História do Dinheiro

É importante entender como o dinheiro funciona, e parte disso é estudar como ele funcionava no passado. Ao longo dos séculos, o dinheiro passou de algo bastante simples, como moeda de troca, a algo bastante complicado, como derivativos. Ele deixou de ser um objeto para se tornar uma ideia, por isso não é tangível e intuitivo. É importante estudar dinheiro para enriquecer. Abaixo, algumas datas importantes:

  • 1903 – O Conselho de Educação Geral, criado a partir de uma doação da família Rockefeller, assume o sistema de educação dos EUA
  • 1913 – O Federal Reserve, o banco central americano, é criado
  • 1929 – Início da Grande Depressão
  • 1944 – Acordo de Bretton Woods
  • 1971 – Nixon tira o dólar do padrão ouro
  • 1974 – Congresso americano aprova a Lei de Segurança de Renda de Aposentadoria dos Empregados

Lição #2: Entendendo seu extrato financeiro pessoal

Meu pai rico com frequência dizia: “O seu gerente de banco nunca pede pra ver seu boletim. O gerente do banco quer ver seu extrato financeiro — o seu verdadeiro boletim quando deixa a escola.”

Um dos elementos fundamentais da alfabetização financeira é entender como ler e compreender uma demonstração financeira.

Lição #3: Saber a diferença entre um ativo e um passivo

Um dos motivos de tantas pessoas enfrentarem problemas financeiros é que elas confundem ativos e passivos. Muitas pessoas pensam, por exemplo, que sua casa própria é um ativo, quando na verdade é um passivo. Uma definição simples de ativo: é tudo o que coloca dinheiro no seu bolso. Já passivo é tudo aquilo que tira dinheiro do seu bolso.

Lição #4: Procure renda passiva… e então ganhos de capital

Muitas pessoas investem em busca de ganhos de capital, o que significa que estão apostando que o valor do ativo vai subir. Infelizmente, hoje, muitas pessoas não estão ganhando com essas apostas. Investir em busca de ganhos de capital é como apostar em um cassino, mas sem a parte da diversão. Em vez de investir em busca de ganhos de capital, os ricos investem em busca de renda passiva. E, se acabarem obtendo ganhos de capital, é como um presente inesperado, como a cereja do bolo.

Lição #5: Três tipos de renda

Nem todo mundo ganha dinheiro por meio de um salário. Na verdade, meu pai rico me ensinou que há três tipos de renda: a ganha, a de um portfólio e a renda passiva.

Se você tem um trabalho e ganha um salário, você ganha dinheiro por meio de renda ganha. Se você ganha dinheiro por meio de ganhos de capital, você ganha dinheiro por meio da renda obtida com o seu portfólio. O terceiro tipo de renda , a renda passiva, é quando você ganha dinheiro independentemente de estar trabalhando ou não.

Lição #6: O quadrante do fluxo de caixa

Segundo meu pai rico, há dois tipos de pessoas: as que veem o mundo por meio dos dois diferentes lados do Quadrante de Renda Passiva do meu pai rico.

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Para resumir, no lado esquerdo do quadrante estão os E e A, Empregado e Autônomo. Eles são os que mais pagam impostos e vendem seu tempo em troca de dinheiro. E cada um deles tem uma mentalidade diferente.

No lado direito, porém, estão o D e I, Dono e Investidor. Eles pagam bem menos impostos, mas criam (ou investem) em ativos que geram dinheiro para eles mesmo quando estão dormindo.

Lição #7: Poupadores são perdedores

Em 1971, o presidente americano Richard Nixon mudou as regras do dinheiro. Naquele ano, ele fechou a janela do ouro transformando instantaneamente o dólar (que era lastreado em ouro) em moeda. Essa foi uma das mudanças monetárias mais importantes que aconteceram na história moderna, mas poucas pessoas entendem o porquê.

A razão pela qual os poupadores são perdedores é por causa dessa alteração. O valor do dólar continua a ser corroído por causa da inflação. Basicamente, o que o seu dinheiro poderá comprar no futuro será menor do que pode comprar agora.

Lição #8: O seu número da riqueza

A verdadeira riqueza não é determinada pelo seu patrimônio líquido ou pelo tamanho da sua conta bancária. A verdadeira riqueza é determinada pelo seu número de riqueza.

Como discutimos acima, se você está ganhando dinheiro com renda passiva e é mais do que gasta todos os meses, tem um número infinito de riqueza.

Lição #9: A diferença entre análise fundamentalista e análise técnica

A análise fundamentalista é um processo para analisar o desempenho financeiro de uma empresa e ela começa entendendo a demonstração financeira da companhia.

A análise técnica mede as emoções e os humores do mercado ao usar indicadores técnicos. Você pode ser bem-sucedido em seus investimentos utilizando esses dois modelos de análises de investimento, mas ambos requerem comprometimento e instrução financeira contínua.

Lição #10: Saber como medir a força de um ativo

Existem quatro classes de ativos: empresas, imóveis, papel e commodities. Para enriquecer, você deve estudar essas classes de ativos, escolher o que é melhor para você e se dedicar para se tornar um especialista.

Não faltam oportunidades no mundo dos investimentos. A questão então passa a ser: quais investimentos vale a pena buscar? Um componente-chave de uma educação financeira completa é entender como avaliar se um ativo é forte ou não. Uma das melhores maneiras de fazer isso é se voltar ao triângulo D-I, que analisa todas as propriedades de um ativo: equipe, liderança, missão, fluxo de caixa, comunicação, sistemas, legislação e produto.

Lição #11: Saiba como escolher as pessoas certas

Parceiros são fundamentais para o sucesso de um negócio. Meu pai rico costumava dizer: “A melhor forma de reconhecer um bom parceiro é ter tido um parceiro ruim.” Você precisa aprender com cada interação que experimenta. Um bom negócio pode ir por água abaixo se você tiver um parceiro ruim. Então escolher parceiros e membros da equipe também é algo fundamental.

Lição #12: Saiba quando focar e quando diversificar

No mundo ideal, você gostaria de diversificar em todas as quatro classes de ativos, mas você vai querer focar em se tornar um especialista em um deles. Como diz o velho ditado, “se você tenta agradar a todos, não agrada a ninguém”. O mesmo é válido para investimentos.

Lição #13: Minimize seus riscos de investimento

No mundo dos negócios e dos investimentos, há sempre um elemento de risco. Um investidor inteligente sabe como minimizar riscos usando mecanismos de hedge (um tipo de seguro contra perdas financeiras). Há formas de fazer isso em cada uma das classes de ativos. Pesquise sobre formas de hedge na classe de ativos que decidiu se especializar.

Lição #14: Ganhe mais dinheiro se beneficiando dos impostos

Meu pai rico sempre me dizia: “Não é sobre o quanto você ganha, mas sobre o quanto você mantém”. Os impostos são a sua maior despesa. É por isso que para a sua instrução financeira é importante entender como você pode limitar melhor essa despesa.

Uma pessoa financeiramente inteligente entende como usar a legislação tributária em seu benefício.

Lição #15: Pontos positivos, negativos e a verdade sobre dívida

Como muitos de vocês sabem, há dívida boa e dívida ruim. A chave para o uso da dívida é saber como pedir dinheiro emprestado de forma inteligente e como devolvê-lo da forma certa. Sem um plano sólido para pagar a dívida, em breve você não terá acesso a crédito. Uma sólida educação financeira inclui entendimento sobre a forma correta de lidar com a dívida.

Lição #16: Saiba como o seu patrimônio é roubado

Há quatro coisas que roubam a sua riqueza: impostos, dívida, inflação e aposentadoria. Uma educação financeira apropriada vai focar em como usar essas quatro coisas para ganhar dinheiro em vez de perder.

Lição #17: Saiba como cometer erros

É impossível aprender sem cometer erros ao longo do caminho. A chave é aprender as lições desses erros e não deixar que eles te tirem do jogo. Olhe para os erros como oportunidade de aprendizado.

*Robert Kiyosaki é um autor de vários livros, entre eles o best-seller “Pai Rico, Pai Pobre”.

Observação: Peguei essa tradução de um email que recebi porém, antes de publicar, corrigi alguns erros grosseiros na tradução que foi feita e até mesmo um que consta no original. Porém, se você ler o original e achar algum outro que passou batido aqui, avise nos comentários que corrijo.

Fonte do original (em inglês): Financial Education in 17 Definitive Lessons
 

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Wallace

Just another little servant of the Lord Jesus Christ. Apenas mais um pequeno servo do Senhor Jesus Cristo. Editor do blog Desafiando Limites (https://wallysou.com). Crítico do cristianismo evangélico da prosperidade e pensador cristão amador.

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Blog Comments

Quero casar com ela pq fisicamente ela é muito atraente e nos temos um bom relacionamento. Sou pobre.

então, eu pessoalmente acho errado ela se envolver com vc. Vc tem filhas e netas? o que vc acharia de sua neta querer se envolver com um homem MUITO mais velho do que ela? não é estranho? será que não existem jovens na faixa etária dela com quem ela gostaria de se relacionar? até entendo uma jovem querer um relacionamento com um homem maduro, mas sinceramente vc, se tiver mesmo essa idade, já está murcho, com o perdão do trocadilho…

entretanto tecnicamente não existe impedimento legal para essa união, porém se ela fosse minha filha eu a aconselharia a não se casar com vc. O que me chama a atenção e me deixa curioso é o motivo de vc vir aqui fazer essa pergunta: vc já perguntou para outras pessoas, o que elas lhe disseram? sua situação me parece muito estranha, mas se quer mesmo saber minha opinião, eu julgo essa união como errada. Abs, e obg por comentar no post, mas é outra coisa que não entendi: o tema do post era sobre finanças e não relacionamentos…

Tenho 80 anos, minha namorada 19.
Posso me casar com ela ou é pecado?

ela é sua namorada ou sua neta?

Minha namorada.

oi Jeremias, tudo bem? Por que ela quer se casar com vc, sabendo que vc só deve ter alguns poucos anos de vida enquanto ela ainda tem toda uma vida pela frente? O que vc vai deixar pra ela quando partir? E, para finalizar, pq vc quer mesmo se casar nessa idade se as melhores coisas que um casamento traz já não estão mais tão disponíveis para vc agora? Vc não aproveitou o bastante quando tinha seus 20, 30 anos não?

Responder

Jucelma Ramos dos Anjos

Obrigada por compartilhar essas lições valiosas.

obg pelo comentário, Jucelma, e pelo seu feedback sobre o post.

Olá, agradecemos sua visita e seu comentário. Sua opinião enriquece a discussão e é importante para nós, obrigado!